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Mulheres em Cena 4ª edição

Atualizado: 30 de mai.

10 a 01/11

Captação – KASULO ESPAÇO DE ARTE

CABRA QUE LAMBE SAL

Letícia Bassit

Sinopse

Uma mulher com feições de cabra age e fala dentro de um apartamento sufocante. Não se sabe ao certo se fala consigo mesma, com um homem sem rosto ou seu filho de dois anos que ainda não aprendeu a falar. Tudo o que diz é da ordem do desejo, da pulsão, da falta, da ação. Ação como tentativa de retorno ao que é selvagem. Retorno ao seu próprio corpo enquanto ser desejante e desejada. Uma mulher que perdeu suas bordas desde que pariu e, enquanto fala, esforça-se para tê-las de volta. O que diz é denúncia, transe, alucinação, desejo, memória, revolta, testamento, manifesto. Sente saudade do mar. Do sal. Seu maior desejo é escalar montanhas inimagináveis e lamber o sal que a Terra oferece. Porém está imersa nos afazeres domésticos e no cuidado com o filho. Tem vontade de respirar o barulho da rua, mas o medo do vírus que mata todos que saem de casa a faz permanecer confinada. O tempo todo é engolida pela relação com seu filho e um homem sem rosto que bate nela diariamente. Será que em algum momento ela sairá daquele apartamento?


Ficha técnica

Concepção, atuação e dramaturgia: Letícia Bassit

Minibio

Letícia Bassit é atriz-performer, escritora-dramaturga, diretora e arte-educadora. Nasceu em São Paulo, em 1988. É formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo e graduada em Comunicação Social pela Fundação Cásper Líbero. Como escritora foi contemplada no PROAC Dramaturgia com o projeto “Mãe ou Eu também não gozei” publicado no ano de 2019 pela Editora Patuá com lançamento na FLIPEI/Paraty 2019. O livro teve como desdobramento criativo a peça-performativa homônima, diversas mesas de debate com especialistas da área política, jurídica e psicanalítica e também oficinas de escrita. Atualmente, Letícia organiza uma série de ações sobre feminismo, parentalidades, maternidade, literatura e performance. “Cabra que lambe sal” é seu novo trabalho literário-performativo em processo de construção.



NO BAILE

Lilian Martins

Sinopse

Inspirado no funk de rua e nos corpos femininos periféricos.

No Baile trás reflexões, lembranças, vivências, marcas de processos ligados a uma construção pessoal.


É a origem do morro entre os pés e o quadril.


Cardumes de pessoas, rastros, calos, passos, refúgio, histórias.


Ficha técnica

Bailarina: Lilian Martins 

Minibio

Lilian Martins, artista da dança desde 2011. Começou sua pesquisa no Projeto Batuque Arte com danças afro brasileiras, tem como foco de linguagem danças negras periféricas, formada no Projeto Núcleo Luz em 2018 , Atualmente  faz parte da companhia Gumboot Dance Brasil e do Projeto Turmalinas Negras. Construiu seu projeto solo –  No Baile compreendendo a dança como um campo de pesquisa amplo e profundo. O assunto explorado para a criação se concentra na investigação de uma corporeidade periférica, plural e enérgica. 



A CONQUISTA DE MIRANDA (abertura de processo)

Tati Caltabiano e Petit Comitê

Sinopse

Criado a partir da experiência da atriz Tatiana Caltabiano de parir de forma

natural e domiciliar, o espetáculo “A Conquista de Miranda” apresenta uma crítica à

sociedade patriarcal ao trazer à tona o tema das violências obstétricas. Em diálogo com a linguagem da performance a encenação flui entre o transe de um trabalho de parto e as reflexões sobre os modos de parir. A partir de uma coreografia que revela a potência do corpo feminino no prazer e na dor do parto, a atriz elabora de forma poética essa experiência.


Ficha técnica

Criação, dramaturgia, direção e atuação Tatiana Caltabiano

Minibio

Tatiana Caltabiano é atriz, performer e arte-educadora. Idealizadora do Petit Comitê, um coletivo de mulheres artistas que tem interesse na pesquisa de poéticas autobiográficas e de temas referentes ao universo feminino, e que busca, na integração das artes, o seu lugar de expressão.  Criou a perfomance “P.S. (post scritpum cênico)”, realizada durante os anos de 2016 a 2017, reunindo num total mais de 30 mulheres.



RisKo

Morgana Apuama

Sinopse

Por um trajeto de luz, uma mulher negra revive memórias de seus afetos pela cidade e, em meio a este percurso, prossegue (re) descobrindo maneiras de (re) desenhar escolhas. Para dialogar com este novo cenário, ela persiste transitando entre o claro e o escuro, arriscando-se em novas possibilidades. Construindo a seu tempo e sua maneira novas formas e desenhos em sua corporeidade. 


*Unindo a dança e a técnica de light-painting, RisKo busca apresentar a realidade da mulher negra com a vida, a rua e seus afetos. Criando assim um espaço único, misturando performance, luz, fotografia e audiovisual.


Ficha Técnica

Concepção, Direção, Dança e Light-Painting: Morgana Apuama

Registros Fotográficos Light-Painting: Ilma Guideroli e Fábio Minagawa

Video-Projeção: Padre Art

Trilha Sonora: Tiago Amorim

Iluminação: Gabriella Russo

Operação de Luz: Aline Almeida

Imagens e Edição Vídeo-teaser: Macca

Minibio

Morgana Apuama iniciou sua carreira em danças urbanas em 1999, passando a estudar dança contemporânea e performance em 2008. É referência na cena e uma das maiores pesquisadoras em Danças Urbanas do país. Pioneira do estilo Waacking no Brasil, passou a criar trabalhos artísticos de cunho militante combatendo ao silenciamento, a invisibilidade e a falta de espaço para o exercício do protagonismo dentro e fora da cena do Hip Hop. Assina a concepção, a direção e a produção dos trabalhos Co_Romper, Risko e Por Um Fio ou Como Continuar Existindo. É mulher preta, periférica, paulistana, moradora da Zona Leste de SP, mãe solo e feminista. Cria, dança, dirige e produz trabalhos que combatem o racismo, o machismo, a homofobia e a hegemonia falocêntrica, permeados pelo hibridismo entre dança urbana, performance, artes visuais e audiovisual.



FRAGMENTO PERFORMÁTICO DO ESPETÁCULO “RÉS”

Corpórea Companhia de Corpos

Sinopse

O espetáculo RÉS tem como temática principal o universo do encarceramento  feminino é a vulnerabilidade desse corpo no Brasil.  Diante deste contexto, o espetáculo propõe uma análise artística e poética,  através de uma produção em dança sobre as estatísticas que envolvem o sistema de encarceramento em massa.


Ficha técnica

Concepção e direção: Verônica Santos 

Intérpretes – criadoras: Débora Marçal, Malu Avelar e Verônica Santos 

Participação no processo criativo: Dandara Gomes

Diretor e produtor musical: Melvin Santhana 

Produtor musical e técnico de áudio: Manassés Nóbrega 

Preparador do corpo cênico: William Simplício 

Provocadores: Dina Alves e William Simplício 

Design de luz e operação: Danielle Meireles

Criação de figurino: Débora Marçal e Wellington Adélia 

Vídeo – performance: Noelia Nájera 

Projeto gráfico: Noelia Nájera 

Edição e criação  audiovisual: Noelia Nájera 

Fotos: Gal Oppido/ Noelia Nájera 

Produção Executiva: UTPA

Minibio

Verônica Santos, natural de Belo Horizonte (MG), é bailarina intérprete, coreógrafa, preparadora corporal, diretora de movimento, atriz, arte-educadora. Sócia – fundadora e diretora da Corpórea Companhia de Corpos, fundada em 2016 na cidade de São Paulo, núcleo de pesquisa do corpo negro na cena artística. É diretora geral do espetáculo “RÉS”, premiado no projeto “Rumos Itaú Cultural” 2018/2019, com a “Ocupação RÉS” MULHERES EM CÁRCERE.



TODOS TE AMAM ATÉ VOCÊ SE ASSUMIR PRETA

Coletiva 3 de Nós

Sinopse

Entre a baixada fluminense e a Zona Sul do Rio de Janeiro, a performer Jessica Madona passa a limpo as suas relações interpessoais, quando encara o processo de reconhecimento de sua pretitude.


Ficha técnica

Argumento, realização e performer : Jessica Madona

Direção: Savina João

Preparação Corporal: Kamilla Neves

Minibio

A Coletiva 3 de Nós foi fundada em 2017, quando realizou o espetáculo performativo “A Mais Forte”, selecionado pelo Edital de Circulação de Artes Cênicas de Jacareí/SP. De 2018 a 2020, circulou também pelos teatros Sérgio Cardoso, SP Escola de Teatro e Sesc Itaquera, na cidade de São Paulo. Em processo, a Coletiva pesquisa e cria os solos “Maria da… ” e “Todos Te Amam Até Você Se Assumir Preta”.



A ÚLTIMA MULHER DO MUNDO

Patrícia Noronha

Sinopse

A Última Mulher do Mundo é um exercício cênico que se iniciou em 2012 aproximadamente e está em constante mutação. É uma investigação cênica na fronteira entre a dança e o teatro, construída a partir da noção do vazio e do tempo suspenso. Há o relato de estupros sofridos pela protagonista que provoca o embaralhamento do que é real e do que é ficção. Há um cachorrinho que intensifica esse embaralhamento e o viés performativo da cena. Atualmente, o exercício dialoga imageticamente com este momento que vivemos de pandemia e de isolamento social.


Ficha técnica

Pesquisa, concepção, figurino, espaço cênico, iluminação e direção: Patrícia Noronha

Performers: Patrícia Noronha e Nick of Spring (o cãozinho) 

Minibio

Artista/Pesquisadora da Dança e do Teatro. Encenadora, coreógrafa, dançarina-atriz, preparadora corporal, compositora-sonoplasta, professora universitária. Possui Mestrado (2009) na Área de Concentração Pedagogia do Teatro, e Doutorado (2017) na Área de Concentração Teoria e Prática do Teatro, ambos desenvolvidos junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – PPGAC/ECA/USP. Graduada em Educação Artística pela Faculdade de Artes Alcântara Machado – São Paulo. Integrou o quadro de Docentes e Pesquisadores do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo CAC/ECA/USP de 1996 a 2013. Integra o Departamento de Artes Corporais do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas – DACO/IA/UNICAMP de 1986 a 1996 e de 2013 até a atualidade. Integrintegrou o Centro de Pesquisa em Experimentação Cênica do Ator, da Escola de Comunicações e Artes da USP – CEPECA. Integrou o Conselho Editorial da Revista PesquisAtor, publicada pelo CEPECA. Especialista nas área de Artes e Educação, com ênfase em Dança e Teatro. Tem experiência e formação na área de Terapias Corporais. Dedica-se à pesquisa do corpo cênico, desenvolvendo os temas relacionados aos aspectos mnêmicos, imagéticos, perceptivos e criativos do corpo e suas relações com os espaços pessoal, parcial, total, social, cênico e o Ma-espaço/tempo. Principais Prêmios: EnCena Brasil, APCA, Mambembe, FUNARTE, Flávio Rangel, Premio de La Critica Festival Internacional de Teatro de La Habana – Cuba, Bolsa Vitae de Artes, PAC 04, PAC 21, Fomento à Dança – São Paulo. Indicações aos Prêmios: Shell e APETESP.



V A C A

Bruna Betito

Sinopse

VACA parte do universo das amantes – ou da condição das amantes ao longo da história: essa figura transgressora e indissociável ao casamento, condenada e sem direito de defesa. É a saga e peregrinação de uma mulher que está em constante busca pela identidade animal a qual foi destinada.


Nesse exato momento, em todos os cantos do mundo, alguém está traindo ou sendo traído, pensando em ter um caso, aconselhando alguém que está no meio de um ou completando o triângulo como amante secreto. O adultério existe desde que o casamento foi inventado. Ele é tão condenado que possui dois mandamentos na Bíblia: um por consumá-lo e outro só por pensar nele. Portanto, como devemos entender esse tabu consagrado pelo tempo?


Universalmente proibido e universalmente praticado? Longe de ser uma defesa ao “amor ilícito”,tampouco quero condená-lo.


Além da referência autobiográfica, a criação de VACA utiliza-se de outros autores como inspiração, entre eles Gustave Flaubert, com sua “Madame Bovary”, Elisabeth Abbot, com seu compêndio “Amantes: uma história da outra”, onde retrata a biografia de várias amantes desde a Antiguidade até os anos 60 e Esther Perel, com seu diário de psicoterapia com casais que passaram por situações de infidelidade, “Casos e Casos”. Outras referências são o universo da mitologia grega com suas histórias de amor e traição, em especial a história do triângulo Zeus- Hera- Io (também retratada na peça “Prometeu Acorrentado”, de Ésquilo). Neste mito, Hera, transforma a amante de Zeus, Io, em uma vaca branca. E por último, a Bíblia, que possui histórias, parábolas e mandamentos muito precisos a respeito deste tema.


Ficha técnica

Atuação, texto e direção: Bruna Betito

Dramaturgismo: Debora Rebecchi

Orientação cênica: Janaína Leite

Produção: Ana Zumas

Minibio

Bruna Betitoé atriz e performer. Graduou-se em Artes Cênicas pela UFMG (BH/MG). Trabalha em parceria com vários artistas,  como Debora Rebecchi,Thiane Nascimento, Janaína Leite e o Grupo XIX de Teatro. Entre seus trabalhos estão:Teorema 21 (direção Luiz Fernando Marques Lubi e Janaina Leite), Feminino Abjeto (direção Janaína Leite), Dois a Duas (direção Érica Montanheiro e Mariah Guedes, vencedor do Prêmio APCA de Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil e do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infanto-Juvenil) e Tudo é Lindo em Nome do Amor (Al Borde). Atualmente está em processo de criação do solo VACA.

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