Mulheres em Cena 5ª edição
- Cia Fragmento de Dança
- 9 de fev. de 2022
- 9 min de leitura
Atualizado: 30 de mai.
Mostra de processos e atividades online

MOSTRA
QUINTA, 26/08

LAVRA – ESBOÇO
Érica Tessarolo
Lavra é a atual pesquisa da artista Érica Tessarolo nas interfaces arte e vida, arte e natureza, corpo e paisagem. Transpõe para a dança um termo geralmente usado no preparo da terra para o plantio ou na extração de metais e pedras do solo para afirmar um corpo em permanente estado de cultivo, por práticas gerais do ofício do dançarino, mas também por práticas diretamente conectadas à natureza. Em esboço 1, os primeiros traços coreográficos desta pesquisa.
Minibio.Érica Tessarolo nasceu em São Paulo, vive e trabalha em Bragança Paulista desde 2016. É artista, bacharel em Dança e Artes Plásticas pela UNICAMP, com foco de estudo nos moveres e nas visualidades do corpo, articulando-se entre coreografias, vídeos, desenhos e escritas. Seus últimos trabalhos são a série de vídeos Quase Específica (2021), disponibilizada no YouTube, e a instalação coreográfica O Peixe (2017), apresentada no Centro Universitário Maria Antônia da USP e na Bienal SESC de Dança.
duração: 20 minutos
classificação indicativa: livre
FICHA TÉCNICA:
pesquisa e dança: Érica Tessarolo
música: Daniel Dias

ELA PASSOU POR AQUI
Isabella Mariotti
Isadora é uma mulher que foi presa pelo assassinato de seu companheiro. Uma grande oportunidade surge inesperadamente quando um novo advogado assume seu caso, determinado a libertá-la. Ele acredita na sua inocência. Mas será que uma mulher como ela pode ser inocente?
Minibio. Isabella Mariotti é atriz (CAL – RJ) y criadora. Cursa pós em “Corpo e palavra nas artes da cena e da imagem”, na PUC, desenvolvendo seu projeto sobre autoficção e putafeminismo. Ganhou prêmio de melhor atriz no filme “Mácula” (2016), de Rafael Aguiar. Acaba de lançar o curta “oi, pai”, onde assina roteiro, direção e atuação. Idealizadora da peça “Ela passou por aqui”, sua primeira dramaturgia, com direção de Erica Montanheiro, onde atua com Eric Lenate. Ama pegar carona na estrada.
duração: 20 minutos
classificação indicativa: 18 anos
FICHA TÉCNICA:
Direção: Erica Montanheiro
Dramaturgia e atuação: Isabella Mariotti
Cenografia e áudios (OFF): Eric Lenate
Realização: LaLoka
SEXTA, 27/08

BRUMA
Luisa Coser e Patricia Pina Cruz
Sou mesmo uma mulher? E o que significa isso? Deformar o gesto e o tempo para movimentar uma espécie em mutação, absorvendo gestos de outras mulheres, sombras de um passado nos porões de nossas existências. Sombra e luz caminham juntos e há uma paisagem opaca que irrompe para nos fazer ver, além do que imaginamos ver.
Minibio.Luisa Coser realiza há 11 anos trabalhos autorais de criação cênica, metodologias de aulas e ferramentas de pesquisa corporal. É formada pela Escola de Dança Angel Viana (RJ-2008) e Mestrado na Universidade Paris VIII (França-2012). Dirigiu e atuou em “Assim você saberá onde estou, aqui e lá”, contemplado com o prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, 2014. Foi diretora artística da peça “ZONA”, junto ao Núcleo Menos1Invisível (25º Fomento à dança da Cidade de São Paulo). Atuou como performer em peças de Dani Lima e Fernando Belfiore, Marcela Levi e Lucia Russo (Improvável Produções) e Wellington Duarte (Núcleo Entretanto).
duração: 35 minutos
classificação indicativa: 16
FICHA TÉCNICA:
concepção e direção: Luisa Coser
performance e co-criação: Patricia Pina Cruz
Desenho de Luz e Cenografia: Hernandes de Oliveira
Direção de fotografia e Montagem: Pri Magalhães
Assistência de Produção: Wesley Cardiolli
Cenotecnia: Alexandre Zullu
Figurino: Luisa Coser e Patricia Pina Cruz
Trilha Sonora: Pedro Pagnuzzi
Tema e Vocais: Vanessa Farias
Design Gráfico: Carol Matos (Artemantica)
Fotografia: Pri Magalhães e Hernandes de Oliveira
Direção de Produção: Cristiane Klein (Dionísio Produções)

SALIVAS
Emilene Gutierrez
Uma Mulher anda. Come bananas. Deita. Se move. Fala. Dança entre grunhidos. Salivas é uma “peça resgate”, é tentativa de habitar lugares deformados entre tempos e abismos. A ação passa a ser uma busca caleidoscópica e obscena no qual o corpo se pergunta sobre o início, o fim e o desejo de continuidade das últimas “coisas”. Gerando zonas de fricção/vertigens entre linguagens, as vísceras se tornam protagonistas e ora são tomadas como matéria, ora como símbolos. O trabalho é tentativa de tornar corpo uma espécie de subjetividade feminina, na qual a atriz se lança em disparadores físicos para a criação de estados, textos e ações.
Minibio. Emilene Gutierrez é atriz, performer e educadora nascida em Ribeirão Preto/SP e graduada em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (2008) com Licenciatura pela Faculdade Paulista de Artes(2014). Em 2008 e 2019 integra a plataforma de estudos KIM Teatro Danzante (Bolívia e Chile, respectivamente). Tem interesse na intersecção entre teatro, memória, performatividades e estudos corporais, desenvolvendo trabalhos em núcleos de pesquisa e grupos (Quase9 e Coletivo Labirinto).
duração: 35 minutos
classificação indicativa: 16 anos
FICHA TÉCNICA:
Concepção, Direção, Dramaturgia e Performance: Emilene Gutierrez
Dramaturgismo: Lúcia Kakazu
Provocação Artística: Janaína Leite
Provocação Corporal: Nina Giovelli
Estudos de Voz: Inês Terra
Direção de Imagem, Edição de Vídeos e Fotografia Remota: Suellen Leal
Colaboração: Alexandra Tavares, Bruna Betito, Paula Petreca e Thiane Nascimento
SÁBADO, 28/08

ÀS 20h
CARNE VIVA
Rubi dos Santos
Uma dança manifesto em resposta à execração de mulheres pretas dos espaços de protagonismo artístico e social. Inicia da necessidade de criar e corporificar uma narrativa própria, sincera e polida sobre o entendimento do que é Ser uma mulher preta na diáspora africana hoje. Costura de cenas de improvisação dança teatro, acontece nos movimentos de uma preta, que se vê como próprio espaço de criação e proposição para o mundo, observando os significados de pertencer a esse grupo social e desejando ressignificar, em si e no outro, um imaginário assentado em mitos de subalternidade.
Minibio. Baiana, artista interdisciplinar, bailarina, e educadora do movimento, estudou dança na UFBA e informalmente. Como bailarina integrou elenco de Cias de dança independentes, na Ba e em SP, atuou também como artista orientadora de dança em projetos socioculturais no setor público e em ONGs. Pesquisa improvisação dança teatro, educação somática e dança Contemporânea, unidos à estudos decoloniais e estética afrodiaspórica. Figurinista, designer de moda e costureira por vocação e herança ancestral. É criadora da Modista Ateliê de Costura Artesanal, onde produz figurinos e moda autoral.
duração: 20 minutos
classificação indicativa: livre
FICHA TÉCNICA:
Interprete Criadora: Rubi Dos Santos
Trilha: Wagner Ramos

Venganza: Pega homem?
COLETIVA VERBORRÁGIKA: Laís Efstathiadis e Wini Lippi
“Venganza: Pega homem?” propõe a exibição de um experimento construído a partir do compartilhamento de relatos de abusos sexuais vividos pelas próprias integrantes da coletiva.Venganza traz, através do deboche, a denúncia da cultura do estupro estruturada pela sociedade cisheteropatriarcal, estancando feridas expostas pelas violências sofridas. Vingar-se no sentido de ultrapassar, prosperar, transmutar. Cansamos de ser vítimas, e não pagaremos com a mesma moeda.
Minibio. Laís Efstathiadis é atriz e dramaturga, com formação pela Escola Livre de Teatro de Santo André. Wini Lippi é multiartista, pesquisadora de artes cênicas na Escola Livre de Teatro de Santo André. Juntas, as artistas formam a Coletiva Verborrágika, agrupamento independente de pesquisa cênica formado por artistas mulheres, que tem como linha de pesquisa a interseccionalidade de narrativas entre mulheres periféricas, mulher cis/transgêneres e mulheres que são mães.
duração: 30 minutos
classificação indicativa: 14 anos
FICHA TÉCNICA:
Concepção e Direção Geral: Laís Efstathiadis e Wini Lippi
Performers: Laís Efstathiadis e Wini Lippi
Contrarregragem atuante: Antônio Adriano de Lima Brito, Emer Conatus, Leo Braz e Paulo Silva
Dramaturgia: Laís Efstathiadis e Wini Lippi
Produção: Wini Lippi
Direção de movimento: Danna Lisboa
Figurino e Beleza: Antônio Adriano de Lima Brito
Cenografia: Emer Conatus
Gravação: Leo Braz
Iluminação: Paulo Silva
Produção e Realização: Coletiva Verborrágika e House of Besher
ATIVIDADES ONLINE
TERÇA, 24/08

FEMININO E AUTOFICÇÃO
Raíza Rameh
Falar de si tem ganhado cada vez mais espaço na cena contemporânea e a tensão acerca do real e da ficção também. A autoficção entra então como uma embaralhadora dessas fronteiras e, inspirado nesta onda, o workshop “Feminino e Autoficção” vem para pensar as formas de narrar a experiência feminina e a reconhecer como sujeito portador da sua verdade junto à ficção.
Minibio. Raíza Rameh é atriz, tem especialização em Psicanálise (FAFIRE) e mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes (UFF). Sócia do Instituto do Ator e atriz da Cia de Cinema IRMA. Escreveu e atuou na dramaturgia de “Esta noite te levarei flores” pela qual recebeu indicação de melhor texto original pelo 9º FETAERJ Cenas Curtas e é criadora do projeto “Duas Atrizes” e da “Oficina Feminino e Autoficção” ambos ligados à autoficção feminina em diálogo com a psicanálise.
QUARTA, 25/08

10h – 12h
ANCESTRALIDADE EM MOVIMENTO: CONEXÃO MULHER
Débora Campos
A vivência, “Ancestralidade em Movimento: Conexão Mulher”, se insere no projeto de pesquisa/ arte “Afro Conexões”, da artista e educadora Débora Campos. O principal objetivo é instigar a ampliação e descoberta do vocabulário expressivo individual, dentro de uma estética afro-brasileira, através de uma experiência corporal, rítmica e motora enriquecida pelos movimentos e sons de referências africanas e afro diaspóricas, tendo como tema vozes femininas diversas e plurais.
Minibio. Artista, intérprete/pesquisadora, coreógrafa e prep. corporal. Doutoranda em Filos. PPGF/UFRJ, Mest. em Saúde Coletiva IMS/UERJ, e Lic.Edf.UFRJ. Projetos em Desenvolvimento: Coletivo Muanes Dançateatro. Espetáculo Mask – bailarina, coreógrafa e prep. Corporal. Grupo Cine em Canto – direção cênica e prep. Corporal. Coral Palavra Cantada RJ – prep. Corporal. Arte educ. no Instituto Tear. Em 2019: Aula Magna “Legados, genealogias e aprendizagens: Mercedes Baptista em foco” na Bienal SESC de Dança.
QUINTA, 26/08

O EU LABORANDO ESPELHOS: NARCISA AMÁLIA E A INVENÇÃO DA POETA MULHER
Alice Vieira Barros
A palestra consistirá numa reflexão acerca do problema da autorrepresentação e da construção da autoimagem na obra da poeta romântica brasileira Narcisa Amália (1852-1924). Confrontaremos duas imagens de Narcisa que circulavam no século XIX: de um lado, a construída pela fortuna crítica masculina, que, amparada nos lugares-comuns sobre a feminilidade literária, tentava tornar o sujeito poético da lírica amaliana sempre idêntico a si próprio e redutível à pessoa empírica da autora. Do outro, a imagem de si mesma construída pela própria Narcisa, buscando uma possibilidade de resistência e soberania no território da ficção.
Minibio. Alice Vieira é uma mulher lésbica, poeta e pesquisadora. É graduada em Letras pela UFMG e mestra em Estudos Literários pela mesma universidade. Possui poemas publicados nas revistas Germina (2016), Em Tese (2018) e Gueto (2018). Publicou, em outubro de 2018, seu primeiro livro de versos, intitulado {Open Source}, pela Editora Penalux. Em 2019, fez parte da coletânea Poemas Reunidos I da revista portuguesa A Bacana. Em 2020, publicou seu segundo livro, intitulado Taxidermias, pela Editora Urutau. Atualmente, desenvolve pesquisa de doutorado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG.
SEXTA, 27/08

APAGAMENTO HISTÓRICO DA MULHER NO HIP HOP
Kika Souza
A dançarina e pesquisadora Kika Souza propõe um bate papo sobre a cultura Hip Hop, falando sobre seu contexto histórico e o desenvolvimento da cultura. A proposta também abordará um conteúdo pouco explorado, as danças vernaculares afro estadunidenses e nesse caso, sua expansão pelo território brasileiro e o porquê existe um grande número de brasileiros que se identificam com essa cultura, além de identificar mulheres que foram apagadas de toda essa história, nos Estados Unidos e no Brasil.
Minibio. Karina de Souza Nascimento, 29 anos de idade, graduada em Propaganda e Marketing (2014) e com formação técnica em dança – Centro Paula Souza – Etec de Artes (2018). Co-fundadora do Coletivo Rangers Urban Force e Intérprete-Jogadora do espetáculo “Jogando com as Danças Urbanas”. Pesquisadora da cultura Hip Hop desde 2018, integrante do grupo de estudos e pesquisa sobre as danças vernaculares afro estadunidenses – Clube do Livro com Henrique Bianchini.
SÁBADO, 28/08


10h – 13h
FOTOPERFORMANCE E COMPOSIÇÕES DE SI
Heloísa Sousa e Luiza Saad (Teatro das Cabras, Natal/RN)
Partindo de pesquisas sobre imagens para a cena contemporânea, aproximamos fotoperformance e a criação de personas performáticas através da elaboração de aparências corporais, suspensão de ações e materialização de narrativas em frames. Produzindo imagens de si com materiais caseiros, as fotoperformances e suas artistas expoentes nos trazem possibilidades técnicas e poéticas de composições de si em imagens que podem desdobrar em cenas. A partir disso, apresentamos uma explanação sobre nossas pesquisas para instigar outras artistas na exploração dessa linguagem.
Minibio. Heloísa Sousa é doutoranda em Artes Cênicas na USP, atua como encenadora desde 2011 e é uma das editoras do Farofa Crítica, site de crítica de artes cênicas em Natal (RN). Luiza Saad é designer formada pela UFRN, atualmente estuda Cenografia e Figurino na SP Escola de Teatro. Ambas, integram o Teatro das Cabras, um coletivo potiguar que trabalha prioritariamente com mulheres, no qual trabalha como cenógrafa, figurinista e designer.
DOMINGO, 29/08

O SARAU AFRO MULHERES NEGRA DA QUEBRADA – HIP HOP
Adelina Maria Martins
Esse será o 1º sarau que Pretende cantar e fazer performance de mulheres negras e mulheres LGBTQI+ , através de poesias e apresentações hip hop de autoras poetas da periferia, com performances de poesias com recorte étnico e poesia hip hop. Atividades com microfone aberto para convidados ate quem tiver assistindo poderá participar. Descobrindo novos talentos da poesia de mulheres negras e trans, valorizando a cultura da diversidade. É fortalecer o protagonismo cultural da comunidade afro brasileira local valorizando as iniciativas culturais na literatura de autores negros(os) e grupos da comunidades excluídos principalmente a literatura de mulheres negras e LGBTQI+, junto a distribuição e fruição destes materiais.
Minibio. ADELINA é formada em Pedagogia e serviço Social, contadora de historias de 1999, poeta suas poesias de recorte étnico, fala sobre a dor do povo negro. Atualmente coordena Saraus literários da diversidade cultural. Adelina vai Apresentar o SARAU AFRO MULHERES NEGRAS DA KEBRADA Alem de mostrar suas poesias, dividindo a tela com outras mulheres ,poetas musicista e outros talentos Com: Ada, Anna Cristo, Doris, Gatinhas Futurista, Luciene Torquato e Victoria Saimon.
BATE-PAPO COM AS ARTISTAS
DOMINGO, 29/08
BATE-PAPO via ZOOM
com Emilene Gutierrez, Érica Tessarolo, Isabella Mariotti, Luisa Coser, Patricia Pina Cruz, Rubi Dos Santos, Laís Efstathiadis e WiniLippi.
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