Mulheres em Cena 9ª edição
- Cia Fragmento de Dança
- 15 de ago.
- 8 min de leitura
Atualizado: 2 de set.
17 a 20/09 — CRD
Centro de Referência da Dança
Baixos do Viaduto do Chá, São Paulo/SP
Mostra de espetáculos
Praça e Sala Cênica
Ingressos gratuitos: retirada no local, 1h antes dos espetáculos.
Oficinas gratuitas
Salas de ensaio (informação no local, no dia da oficina).
Quarta-feira, 17/09

ESPETÁCULO — 19h, Praça (em frente a fonte)
ATO
Cia Fragmento de Dança
Um manifesto escrito por gestos. Uma orquestra movida por corpos. Ainda há tempo para tantos “eus” se implicarem num “nós”? Em ATO, a Cia Fragmento de Dança convida onze artistas para se juntarem ao elenco, construindo uma estrutura coreográfica que convoca o movimento em uníssono para fortalecer a imagem de grupo. São muitas vozes juntas criando tensões polifônicas. A pesquisa surgiu inspirada na forma como as pessoas se organizam em atos e manifestações políticas. Os gestos são os disparadores de uma construção que se complexifica na insistência, na repetição, no ritmo e nos corpos que se organizam como se fossem um quadro vivo. Uma das primeiras referências investigadas foi a performance do coletivo feminista chileno “Lastesis” na qual mullheres com olhos vendados e gestos coreografados gritaram “el violador eres tú" (o estuprador é você) nas ruas do Chile e, depois, em várias partes do mundo. Seriam esses espaços a possibilidade de um comum? Ainda que de forma passageira, por alguns momentos, nos encontramos como grupo. O que isso nos diz?
Duração: 40 minutos | Classificação: livre
FICHA TÉCNICA:
Concepção, coreografia e direção: Vanessa Macedo
Assistência de direção: Maitê Molnar
Assistência coreográfica: Diego Hazan e Maitê Molnar
Elenco: Cinthia Tomaz, Gabriela Ramos, Leticia Almeida, Lua Oliveira, Maitê Molnar, Marcela Paez, Maria Basulto, Patrícia Pina e Sandra Valenzuela
Música ao vivo e composição de trilha sonora: Fernando da Mata e Lua Oliveira
Preparação corporal: Sérgio Galdino e Vanessa Macedo
Iluminação: Sandro Borelli
Figurinos, adereços, cenografia: Cia Fragmento de Dança
Design gráfico: Leticia Mantovani
Produção: Luciana Venancio (Movicena Produções)
Assessoria de imprensa: Pombo Correio

ESPETÁCULO — 20h, Sala Cênica
Céu da boca
Ludmila Aguiar
Céu da boca é uma dança que se faz de cócoras. Vai de encontro com a garganta, o grito e o chão. Ela grita sem que qualquer som escape. É silencioso. É uma abertura por dentro: da garganta até à pelve, da pelve até o chão. Céu da Boca revela o corpo, a raiva e o riso. Uma dança que é manifesto contra as armadilhas do patriarcado e cria gestos e contornos para mover as histórias indigestas e aspirar futuros por vir.
Duração: 40 min | Classificação: 14 anos
FICHA TÉCNICA
Criação e performance: Ludmila Aguiar Veloso
Colaboração afetiva e artística: Cinthia Kunifas, Gladis das Santas, Mabile Borsatto, Renata Roel, Raquel Bombieri e Mônica Infante
Trilha sonora: Drica Possan e Clau Fernandes
Foto: Giovana Bertoldi

BATE PAPO — 20h30, Sala Cênica
Bate papo de abertura
Quinta-feira, 18/09

OFICINA — 14h às 16h, Sala de ensaio
Corpo Musical em Cena
Lua Oliveira
Corpo Musical em Cena é uma oficina que investiga as possibilidades sonoras do corpo e de objetos cotidianos como material expressivo em improvisações cênico-musicais. Partindo da escuta, do jogo e da presença, propomos uma vivência onde o corpo se torna instrumento, gesto e som — um território sensível em constante criação. Através de práticas inspiradas na música-teatro, no teatro físico e na improvisação livre, os participantes exploram ritmos, texturas e movimentos que emergem da relação entre corpo, espaço e objeto. Não se trata de “tocar” no sentido tradicional, mas de experimentar a musicalidade que habita o corpo e o cotidiano, ativando camadas de expressão que transcendem o som.
Público: Artistas da cena, performers e pessoas curiosas em experimentar um fazer artístico expandido, onde ouvir, mover e criar são partes de um mesmo gesto.

OFICINA — 16h30 às 18h30, Sala de ensaio
DISPARA: estados performativos em dança
Gladis das Santas
A partir de uma lógica colaborativa e performativa, a oficina, com natureza prática, promoverá a investigação de estados dançantes como apetites do corpo em experiência dos encontros. É na tentativa de estarmos juntes, em fricção e ficção, insistência/resistência que os movimentos, em suas particularidades, aparecem como modos de compartilhamento na tensão de afetos e forças e podem, assim surgir, como potência coletiva e invenção de mundos outros inventados (IM)possíveis. A dança como mergulho para e por dentro na descoberta de si, caminha, concomitantemente, também para e por fora, surge como mudança de humores, em relação, atenta com quem habita e convive junto, é problematizada e ampliada na fabulação de poéticas como desejos partilhados, sabores e saberes. PRAZERES.
Público: Artistas, pessoas com ou sem experiência em dança.

ESPETÁCULOS — 19h, Sala Cênica
Arapuca
Patrícia Pina
"ARAPUCA", o solo performático da intérprete e criadora Patrícia Pina, emerge como um manifesto artístico frente às estruturas opressoras de racismo, sexismo e machismo que historicamente violentam a dignidade de grupos marginalizados. Impulsionada pela urgência de expressar sua posição política e artística, Pina aprofunda suas investigações cênicas, propondo uma performance que é, acima de tudo, um chamado por uma vida mais justa, com respeito e humanidade.
O solo busca dar corpo aos incômodos da criadora, posicionando-se a favor da autonomia e empoderamento, especialmente para as mulheres menos favorecidas. "ARAPUCA" é um convite à reflexão sobre a necessidade de ditar as próprias regras e reocupar os espaços que foram negados, transformando o palco em um território de resistência e ressignificação. Em cena, um corpo abismal despenca, atravessando o espaço em busca de uma utópica subversão da violência, questionando: o que vem depois?
Duração: 30 min | Classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Intérprete/Criadora e Figurino: Patrícia Pina
Orientação: Mariana Muniz
Design de Luz: Rossana Boccia
Trilha Sonora: Marcelo Pessoa

ESPETÁCULOS — 19h, Sala Cênica
Canto da Sereia
Saolla Sousa
Enquanto permeia por códigos do imaginário social sobre um corpo feminino. “Um canto de sereia” ser mítico abissal, aquático, corpa quimera mostra seus encantos de sedução e sua voracidade como predadora!
Duração: 10 min | Classificação: livre
FICHA TÉCNICA
Intérprete criadora: Saolla Sousa
Provocador e diretor narrativo: Wellington Duarte
Dramaturgia do som: Pedro Canales Rocha
Dramaturgia da luz: Hernandes de Oliveira
Registro de imagem: Keiny Andrade
Sexta-feira, 19/09

OFICINA — 16h30 às 18h30, Sala de ensaio
Treinamento criativo e corporal
Patrícia Pina
Esta oficina propõe a partilha de atividades físicas utilizadas como práticas de treinamento no processo de criação do espetáculo "ARAPUCA". O treinamento, desenvolvido pela bailarina durante sua trajetória artística, baseia-se em um conceito particular de corpo: "Máquina poderosa com diversas funções, preenchida por várias engrenagens, alavancas, seivas lubrificantes, líquidos vitais, massas elásticas, molas propulsoras, pinças, ganchos, fios e linhas . Máquina habitada por um condensado de energia inteligente que costumo chamar de Espírito/Mente. Sem essa energia inteligente, a máquina não funciona -INTERDEPENDÊNCIA. Corpo e espírito/ mente precisam trabalhar juntos."
O treinamento abordará técnicas de chão e plano médio, além de práticas de queda, voo e recuperação do corpo. Serão incluídos exercícios para a ativação do estado de presença cênica e a exploração de espirais corporais.
Público: Estudantes e profissionais de dança.

ESPETÁCULOS — 19h, Sala Cênica
Prólogo
Lua Oliveira
Prólogo é o primeiro gesto, o primeiro som, mas também o eco de vozes que foram silenciadas. Neste concerto-espetáculo solo, o corpo está em trânsito, a música encontra o teatro, e o tempo se dobra para revelar os caminhos trilhados por musicistas ao longo da história e os desvios, quedas e resistências que marcaram suas trajetórias.
Prólogo é também autobiografia fragmentada, ensaio sobre existir em cena enquanto mulher e fazer da presença um ato político. Entre memória e invenção, o espetáculo convida o público a ouvir com os olhos, ver com os ouvidos, e sentir com o corpo.
Duração: 30 min | Classificação: livre
FICHA TÉCNICA
Concepção, realização, músicas e roteiro: Lua Oliveira
Desenho de Luz: Fellipe Oliveira
Operação de Som: Henrique Ribeiro
Animações: Tala Rae Schlossberg
Vozes: Jessica Policastri, Bruno Lourenço, Tatiana Abrantes, Henrique Ribeiro, Fábio Spila

ESPETÁCULOS — 19h, Sala Cênica
A dança da mulher árvore
Rosa Antuña
"A Dança da Mulher-Árvore" é um solo de dança e teatro, com criação e atuação da coreógrafa, bailarina e multiartista Rosa Antuña, que traz o hibridismo de linguagens na construção de uma poética.
O trabalho faz parte de uma pesquisa auto-biográfiica onde a artista revisita sua ancestralidade com uma abordagem do ponto de vista das mulheres, trazendo uma paisagem histórica sobre o machismo estrutural ainda tão presente em nossa sociedade contemporânea.
O espetáculo evoca a força e o poder da mulher, usando como expressão principalmente a dança e ainda o teatro, o canto, a poesia e o ritual.
Duração: 20 min | Classificação: livre
FICHA TÉCNICA
Concepção, coreografia e bailarina: Rosa Antuña
Compilação da trilha, figurino, textos: Rosa Antuña

PARTILHA DE PROCESSO — 20h30 às 22h, Sala de ensaio
Partilha de processo de criação
— A dança da mulher árvore
Rosa Antuña
Nesta partilha a coreógrafa propõe uma vivência para mulheres onde elas poderão experienciar em seu próprio corpo as sensações de enraizamento, de conexão com sua ancestralidade, do tronco flexível, dos braços que são galhos, dedos que florescem e olhar que frutifica. Sensação estas que funcionaram de ponto de partida para este trabalho.
Público alvo: mulheres artistas ou não, que queiram experienciar em seu corpo o arquétipo da mulher-árvore e seus desdobramentos.
Sábado, 20/09

OFICINA — 16h30 às 18h30, Sala de ensaio
Dança Pelve, Dança!
Ludmila Aguiar
Nesta oficina vamos mover e experimentar a pelve em sua potência. A região pélvica, diante de práticas opressoras e machistas, carrega tabus e traumas. Por isso, o convite desta oficina é através do contato com o chão, o movimento e as ações de respirar e chacoalhar, convocar movimentos vitais de reconexão com o corpo passando pelo encontro com a pelve, o osso e os líquidos por uma via criativa, íntima e política.
Público: Pessoas interessadas pelo estudo do movimento e da dança.

ESPETÁCULOS — 19h, Sala Cênica
A 100 graus celsius
Gladis das Santas
Por uma dança das que esquentam, fervem e sobrevivem às altas temperaturas.
As bactérias termodúricas prosperam em temperaturas elevadas, produzem esporos que são altamente resistentes ao calor e outras condições adversas e podem sobreviver à pasteurização e, posteriormente, multiplicar-se. E as mulheres, no tal caminho do meio? passagem que parece que não acaba nunca. Pré, pós, meno …? Palavra proibida. O suor quente lento, estonteante e fino desliza nas principais articulações. As palavras escapam revoltas. O corpo frita quase invisível a olho nu. Dizem que é potência de transformação. Um último chamado para a alquimia. Haja! rs. O delírio. O cérebro que não dorme, confunde. Uma nuvem de fumaça. A casa está queimando e com ela, as crianças. Corre até as camas. Elas dormem. O filho e a filha estão vivos. Ufa e a coberta como todos os dias, entre os brinquedos que furam os pés, está no chão, no escuro, destampando os corpinhos. Segue. Revira os olhos e gargalha. Toma mais um banho de água gelada.
Duração: 30 min | Classificação: 18 anos
FICHA TÉCNICA
Criação e performance: Gladis das Santas
Colaboração artística e de movimento: Danilo Silveira, Mabile Borsatto, Ludmila Aguiar, Raquel Bombieri, Ronie Rodrigues e Renata Roel
Provocação cena e projeto de luz: Matheus Margueritte
Colaboração e criação sonora: Fabio Cadore
Figurino e aulas borbulhantes: Deborah Grossmann

ESPETÁCULOS — 19h, Sala Cênica
Ossos: cena inacabada
Ana Claudia Viana
Ossos: cena inacabada, obra coreográfica em processo... A obra nasce de uma investigação profunda sobre o corpo como território de memória e experiências. Cada gesto é um retorno, um mergulho nas camadas mais profundas do ser, onde dor, fragilidade e potência coexistem como forças transformadoras. A ancestralidade ocupa um lugar central na obra, e no corpo, o eco das lutas, resiliências e pertencimentos. A conexão com o passado não é nostálgica, mas profundamente transformadora: cada movimento ou ação é um rito de passagem, uma negociação entre o que foi vivido e o que ainda pode ser sonhado.
Duração: 45 min | Classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Performance e criação: Ana Claudia Viana
Direção, coreografia e dramaturgia: Clébio Oliveira
Assistência de direção: Daniel Torres
Cenografia: Clébio Oliveira e Daniel Torres
Trilha e figurino: Clébio Oliveira
Direção de arte: Daniel Torres
Visagismo: Jailson Fernandes
Designer de luz: Anderson Galdino
Cenotécnico: Valdemar Nunes
Costureira: Rozeane Oliveira

RODA DE CONVERSA — 20h
Roda de conversa sobre o processo
— Ossos: cena inacabada
Roda de conversa sobre o processo de Ossos: cena inacabada, entrelaçando o encontro entre Ana Claudia, Clébio e Daniel, o processo em si e seus horizontes de sentido.
Público alvo: pessoas interessadas em processos de criação em Dança e comunidade em geral
FICHA TÉCNICA MULHERES EM CENA 9ª EDIÇÃO Idealização e curadoria: Vanessa Macedo
Realização: Cia Fragmento de Dança
Artistas: Ana Claudia Viana (Natal), Gladis das Santas (Curitiba), Lua Oliveira (São Paulo), Ludmila Aguiar Veloso (Curitiba), Patrícia Pina (São Paulo), Rosa Antunã (Belo Horizonte) e Saolla Sousa (São Paulo). Cia Fragmento de Dança: Cinthia Tomaz, Gabriela Ramos, Leticia Almeida, Lua Oliveira, Maitê Molnar, Marcela Paez, Maria Basulto, Marina Dantas e Patrícia Pina.
Direção de produção: Luciana Venancio – Movicena Associação Cultural
Coordenação técnica: Giovanna Gonçalves
Design gráfico e social mídia: Leticia Mantovani
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Responsável por agendamento de público: Gabriela Ramos
APOIO: ONG FINAC, Centro de Referência da Dança (CRD), Prefeitura de São Paulo.


