PROGRAMAÇÃO
TERÇA ABERTA 2024
ingressos gratuitos
SETEMBRO
DIA 03/09 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Karla Ribeiro, Beatriz Falleiros e Débora Vaz
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
a falsa ilusão de ser predadora
— Karla Ribeiro
A falsa ilusão de ser predadora, de Karla Ribeiro, solo performativo autoral e auto-ficional que parte da noção de predadores do mundo animal pra colocar em cena o corpo de uma mulher negra, sapatão e femme, que reconhece e explora seu erotismo em duas vias: quando desejo e quando sou desejada? Quando a preta fala é ouvida ou seu corpo sempre é narrado e vislumbrado enquanto objeto de satisfação? Em confluência com imagens de Inês Brasil e referências de cinema, e em diálogo com a estética de trabalho das “cam girls”, o solo pergunta: A imagem de predadora insaciável, lhe cabe? O trabalho abarca a lesbianidade, hipersexualização, isolamento e descarte como componentes do corpo que narra.
duração: 30 min
MINIBIO
Karla Ribeiro é preta sapatão, sapapan, pesquisadora, performer, atriz, artista educadora e o dragking Prince Jorge. Curadora em projetos de arte, gênero e sexualidades. Compõe a equipe da Plataforma Queerlombos. Tem experiência em audiovisual nas áreas de apresentação e roteiro. Atriz-performer pelo Núcleo Experimental de Artes Cênicas do Sesi. Em 2022 compôs a 2° Edição da “Mostra Solo Mulheres”, no Teatro de Contêiner. Em 2023 esteve em cartaz com “O longo caminho que vai de Zero e Ene”, direção de Jé de Oliveira no Centro Cultural Fiesp, Sp.
0-1— Beatriz Falleiros
Concebido pela coreógrafa Beatriz Falleiros e apresentado pela primeira vez em quatronoites no Teatro Centro da Terra, em São Paulo, 0-1 não se resume a uma abertura de processo. Trata-se, em vez disso, da abertura de vários processos, o ponto de confluência onde se encontram as pesquisas e as inquietações de diversos artistas. É, portanto, um registro e uma investigação mutável de um embate ora conflituoso, ora harmonioso, de diferentes linguagens; a identidade sonora, assinada por Ananda Maranhão – pesquisadora e musicista da nova música popular brasileira –, por exemplo, está defronte do universo referencial do escritor Ian Uviedo, responsável pela dramaturgia do espetáculo, que, por sua vez, precisa encontrar seu lugar entre as modulações e captações de movimento elaboradas por Pedro Luchesi. Integram ainda a constelação 0-1 a cenografia de Kim Cruz (artista plástico e experimentador ativo na cena independente de produção gráfica), as luzes de Giorgia Tolaini (iluminadora de espetáculos do grupo Teatro da Vertigem, bem como de importantes ocupações urbanas, como é o caso da festa Mamba Negra), o design de Giulia Naccarato (pesquisadora e artista responsável pela identidade visual de importantes marcas) e o figurino de Carolina Semiathz e Beatriz Rivato (que para a primeira montagem do espetáculo apresentaram um tríptico de João Pimenta). Todos estes agentes, irmanados pelo signo da juventude e guiados pela problemática proposta pela coreógrafa, partem de origens díspares para refletir a respeito da percepção contemporânea do tempo e suas práticas de ordenação. Alimentado pelo desejo de comunicar esta problemática de forma a um só tempo questionadora e palatável, 0-1 se apoia em vários meios e referências para acessar o desconhecido através do conhecido. A temporalidade está no centro e também está à margem.
Diante do binarismo universalizante, a relatividade emerge enquanto princípio coreográfico-político-dramatúrgico condensado em um único corpo-estrutura que, presente, modulando diferentes matérias, convida o espectador a retornar e habitar sua própria percepção.
duração: 30 min
MINIBIO
Beatriz Falleiros é dançarina e artista multimídia. Bacharel e licenciada em Dança. Passou por experiências imersivas na cultura da house dance, e, ao longo dos últimos anos, aproximou-se das práticas de Ashtanga Ioga, Iyengar Ioga e Dança Moderna de Martha Graham. Suas pesquisas estão relacionadas ao campo da coreografia, onde investiga análise de movimento, métodos de composição coreográfica e dramaturgia em dança. Passou por diversas residências e aulas em São Paulo e Nova Iorque. Atua em grupos de performance e dança independentes. Com interesse na esfera pública de cultura, foi Jovem Monitora Cultural, programa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, na qual atuou no Departamento de Supervisão de Formação Cultural. Pelo mesmo programa, atuou no Departamento de Supervisão de Pluralidade Cultural e no ano de 2022 foi assistente de produção no Centro Cultural Tental da Lapa. Hoje em dia desenvolve o espetáculo solo 0-1 em residência no Centro de Referência da Dança e é assistente de produção na Associação Sú de Cultura e Educação.
MATER — Débora Vaz
Uma Ostra não consegue mais viver com um intruso que cresce em seu interior e para expulsar o que a invadiu se deixa quebrar em pedaços, mas o que vê após a quebra não é o que espera, é maior e não tem volta.
duração: 15 min
MINIBIO
Debora Vaz vem do ABC se formou em Artes Cênicas em 2014 no Centro Livre de Artes Cênicas (CLAC) em 2016 tendo amplo contato com a transdisciplinaridade entre Teatro e Dança, possui DRT de Dançarina. Como atriz participou do grupo de pesquisa Garimpar em Minas Negras Cantos de Diamantes dirigido por Luciano Mendes de Jesus onde o foco nos cantos tradicionais afro-brasileiros. É poetisa e atua como dançarina desde 2016 com o trio Núcleo Bambu com foco em Dança Teatro dirigido por Marília Costa e Silva, estuda Dança e Performance na SPED São Paulo Escola de Dança e integra o Coletivo Memorí. Pesquisora de Danças Urbanas e Afrodiaspóricas e suas mesclas com processo criativo a partir de poesias autorais que incorpora sua atual criação: Projeto Solo MATER (solo de dança, poesia e performance).
Foto de Paula Freitas
ingressos gratuitos
AGOSTO
DIA 06/08 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Daniel Fagus Kairoz, Vinnycias e Lima Dorta
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
Corpo Coreografia Primeira — Daniel Fagus Kairoz
Uma dança/reflexão a partir da premissa do corpo como uma coreografia em si. Uma coreografia anterior ao gesto coreográfico. Este experimento se dá no sentido de se deixar dançar pela estrutura coreográfica do próprio corpo enquanto estrutura singular e ao mesmo tempo enquanto espelho da estrutura do cosmos. Trabalho em processo de desenvolvimento. O trabalho original foi concebido e realizado em vídeo, neste momento estou trabalhando sua adaptação para o palco.
duração: 25 min
MINIBIO
Artista transdisciplinar que encontrou no pensamento coreográfico um meio de articular seu pensamento artístico e realizar suas obras, sempre na encruzilhada entre perspectivas, tradições e diversos territórios da arte, mas também da filosofia, arquitetura e espiritualidade. Seus trabalhos tem o corpo, em suas manifestações poéticas, políticas, eróricas e espirituais, como fundamento das relações entre diferentes dimensões visíveis e invisíveis. Bacharel em Comunicação das Artes do Corpo PUC – SP (2001 - 2005). Em 2006 ganhou o prêmio RUMOS DANÇA – Itaú Cultural pela pesquisa entre dança e desenho Pele Pelo Osso. De 2014 a 2022, coordenou o projeto TERREYRO COREOGRÁFICO, que cruza arquitetura e coreografia, afim de repensar e recoreografar espaços públicos, projetos urbanos e arquitetônicos da cidade. Atualmente pesquisa as relações entre a dança, a coreografia e a filosofia Taoista através das práticas de Reflorestar a Dança e Coreografias do Dáo.
Memórias da pele — Vinnycias
Memórias da pele é um ritual de resgate de uma ancestralidade travesti. Que celebra sua existência e sobrevivência, seus processos de transformação, sua caminhada. Serpente que batalha por sua própria cabeça. É uma saudação ao feminino, as yabás, ao passado, presente e futuro. O futuro é travesti. Memórias da Pele é uma pesquisa e criação em dança que propõe rememorar processos e vivências de uma corpa travesti preta e periférica. Corpa que, se renova a cada troca de pele, que transmuta sua existência e cocria um imaginário possível em vida, sentidas na pele. Uma dicotomia entre a força ancestral dessas memórias e a descolonização de uma corpa que busca sua emancipação diante uma vida vulnerabilizada. Com este campo de pesquisa, a obra será desenvolvida corporalmente por meio de uma dança-performática que se apoia nos estudos da intérprete em dança contemporânea e o vogue femme (da cultura ballroom) , fundindo essas linguagens, e propondo ao público imergir em uma experiência sensível e intimista.
duração: 30 min
MINIBIO
Travesti preta natural de São Paulo. Iniciou seus estudos em dança no ano de 2015 no Espaço PlayFit, em Francisco Morato, nas linguagens jazz dance, dança contemporânea, ballet clássico e ginástica artística. Mesmo espaço onde depois de alguns anos, por um período também foi professora de turmas adulto e infantil. No ano de 2016 até 2018, foi bolsista na Anacã Estúdio de Dança na turma de Jazz Profissional ministrada por Edy Wilson de Rossi. Durante os anos, de maneira independente, em busca do desenvolvimento e aprimoramento da sua capacidade artística/corporal também vivenciou diversos cursos, oficinas e aprofundou seus estudos em outras linguagens como o jazz funk, heels/stiletto e hip hop. Dentre suas experiências profissionais, participou durante 5 anos (2018-2022) como intérprete-criadora no Coletivo Corpos Falantes, dirigido por Carlos Veloso, nos espetáculos (fomentados por editais) “Objeto/Abjeto Ambulante”, “Complexo de Nina”, “Quem me diz quem sou”, “Corpo Quarentena”, “Capitãs do Asfalto” e “Relicário”. Em 2018, participou como artista convidada no espetáculo “Ô Saudade” da Rumos Cia Experimental de Dança dirigida por Edson Burgos.
Em 2018 e 2019 foi professora das turmas de jazz e dança contemporânea no espaço Luana Miranda Arte e Dança em Franco da Rocha. Participou como Atriz-Bailarina nos eventos “Hora do Horror: Apocalypse”, “Natal Mágiko”, “Hopi Pride 2019”, “Horror Drive Tour” e “Hora do Horror: Dark Christmas” do parque Hopi Hari. Em 2023, como intérprete-bailarina no Coletivo Desvelo, dirigido por Djalma Moura, participou dos espetáculos/intervenções “Desbunde Geral” e “Bando” apresentados nos sescs: Araraquara, Santo Amaro e Taubaté. Neste mesmo ano, também participou do espetáculo “Sagrado Seja o Caos” junto a Dentre Nós Cia de Dança, dirigida por Rivaldo Ferreira, no Sesc Ipiranga e Sesc Santos. Atualmente é recém formada em dança pelo projeto Núcleo Luz, dirigido por Chris Belluomini e gerenciado pela POIESIS, onde fez parte da turma do Ciclo II no período de 2022/2023. Faz parte da comunidade ballroom junto a Kiki House of La Raia nas cenas de São Paulo e Salvador/BA. Em Abril de 2024 participou como integrante do balé no show de estréia da turnê “3 Eras” da artista Jaloo. E que atualmente também faz parte da equipe atuando em apresentações por diversos estados.
Resgate de Danças Vermelhas — Lima Dorta
É uma pesquisa de dança-memória em corpo solo que resgata a discussão sociopolítica da dança moderna nos Estados Unidos, no início do século XX. Rememorando movimentos políticos feitos por artistas da dança que lutaram organizadamente com operários durante a revolução industrial contra o nazifascismo. A fim de reinserir memórias perdidas na história e identificar as semelhanças entre passado-presente, para encontrarmos caminhos coletivos de reflexão e de luta artística através da dança, diante do retorno a flertes populacionais com ideais fascistas no Brasil.
duração: 15 min
MINIBIO
Lima Dorta é uma artista do corpo, transexual não binária, de 25 anos, natural de Suzano, extremo leste de São Paulo. Teve como ponto de partida os estudos de corpo no Clássico, começando a dançar na oficina de Ballet do Centro Cultural Francisco Carlos Moriconni, projeto social da Prefeitura Municipal de Suzano, em 2007. Se formou em Clássico em 2016, no Studio Márcia Belarmino, após 7 anos de curso. Seguiu estudando a técnica pelo método Vaganova, através dos cursos “Ballet Clássico Baseado na Técnica Russa”, com Fellipe Camarotto, em 2018 e “Introdução ao Método Vaganova”, pela Escola do Theatro Bolshoi no Brasil, em 2019. No mesmo ano de 2016, participou da primeira formação da Tentáculo Cia Jovem de Dança, com Direção de Liliane de Grammont, e no ano seguinte, nesse mesmo espaço, vivenciou o curso “Repertórios Coreográficos" de Henrique Rodovalho, com assistência de Vivian Navega e Carolina Amares. No final de 2020, participou do grupo Talentos, no Studio TS Mais Dança e Direção Artística de Thiago Soares. Em 2021, foi colaboradora no projeto “Sagrado Seja o Caos”, da Dentre Nós Cia de Dança e Direção Artística de Rivaldo Ferreira, contemplado pela 30° Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança. Iniciou em 2022 o curso de formação “CICLO II”, do Projeto Núcleo Luz. Formação de dois anos onde Lima teve acesso a aulas diversas, como Danças Brasileiras, Danças Africanas, Locking, Popping, Clássico, Moderno (Limon e Graham), Contemporâneo, Breaking, Aikido, Contato e Improvisação, Música, Capoeira, Laban, Composição, História da Arte e da Dança, Filosofia e Contemporaneidades, Atualidades, Literatura e Projetos. Neste ano de 2023, concluiu a formação no projeto, e em paralelo fez aulas regulares da técnica Graham na Sala Crisantempo, com a Mestra Daniela Stasi e acompanhamento musical de Nenem Menezes. Ainda em 2023, participou de três projetos contemplados pela 32° Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança, a Residência “A CASA DO OUTRO”, com o Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira, com a direção dos mesmos, da Residência “INSAIO CONVIDA”, com a iN SAIO Cia de Arte, com a direção de Claudia Palma, e da Residência Plataforma Mixtape Vol.3, com o Núcleo Cinematográfico de Dança, sob a direção de Maristela Estrela e Mariana Sucupira.
Foto de José Carlos Ceccheti
Foto de José Carlos Ceccheti
ingressos gratuitos
JULHO
DIA 23/07 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
E² Cia de Teatro e Dança / Eliana de Santana, Allyson Amaral e Bia Torres
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
PRETO ABSTRATO — E² Cia de Teatro e Dança/ Eliana de Santana
A nova investigação da E² Cia de Teatro e Dança. A motivação inicial para a pesquisa é construir um trabalho a partir de um viés abstrato, numa ação ou resultado cênico que não traga nenhuma referência direta ao real, numa poética do corpo e do espaço que possa existir e fazer sentido por si só. A E² Cia de Teatro e Dança, dirigida por Eliana de Santana é um núcleo atuante na cidade de São Paulo desde 1996. Atua principalmente na área da dança contemporânea criando espetáculos cujo tema e poética estão ligados à questões do sujeito anônimo e se utiliza de ferramentas como células móveis de composição no processo de confecção das obras.
duração: 20 min
MINIBIO
Artista da cena, intérprete e coreógrafa, iniciou-se no teatro em 1984, estudando e trabalhando com os diretores: Antunes Filho (CPT), Antônio Abujamra (no espetáculo “A Serpente”) e Gerald Thomaz (no espetáculo “Un Glauber”). Segue criando trabalhos de dança autoral (na E² Cia de Teatro e Dança) que tem no cerne da pesquisa questões como a do sujeito anônimo e são inspirados em temas da literatura brasileira e das artes visuais. Entre eles: “Onde os Começos?” a partir de texto de Hilda Hilst, "Dos Prazeres" que faz referência ao pintor e músico brasileiro Heitor dos Prazeres, “Baleia” inspirado em Vidas Secas de Graciliano Ramos, “A Emparedada da Rua Nova”, a partir do romance homônimo de Carneiro Vilela e o solo “Música para Ver”. Os trabalhos "Afro Margin", “Lost in Spaceshit” e “Blue”, formam uma trilogia sobre a obra do artista britânico Chris Ofili. Em 2021, durante a crise sanitária do Corona Vírus apresenta os trabalhos “Agnes&Alice” em sua versão digital e “TUDO QUE É IMAGINÁRIO EXISTE E É E TEM” em versão digital e presencial. Em 2022/23 segue apresentando o solo “TUDO QUE É IMAGINÁRIO EXISTE E É E TEM” em versão presencial em locais como o IC encontros de Artes em Salvador, na mostra “Entre Dança - O Corpo negro” no Sesc Copacabana, Sesc Nova Friburgo e Sesc Paraty. Em São Paulo no SESC 24 de Maio, SESC Ipiranga e SESC Santo André, no CRD e na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Em novembro de 2023 a peça foi apresentada na 6ª Mostra de Dança Itaú Cultural em São Paulo e no 2a Mostra CRDança em Belo Horizonte.Ainda em 2022 recebe o X Prêmio Denilto Gomes na categoria “roteiro dramatúrgico” pelo trabalho solo “TUDO QUE É IMAGINÁRIO EXISTE E É E TEM”. Em 2024 inicia novo projeto com apoio do programa municipal de Fomento à Dança: ESPAÇOCORPOLUZ.
Amaré - processo — Allyson Amaral
Quais são as nossas frequências? O que nos move? O que nos faz mover? E o seu balanço, como é? Você balança? As ondas do mar te fazem balançar? Você segue uma direção ou muitas direções? O que acontece quando o nosso corpo pulsa para cá e para lá? O que acontece conosco quando o outro balança? Que energia é gerada pelo corpo quando escuta o som do mar?Ao ser provocado pelo som do mar e por uma possível travessia imaginada entre continentes, o artista deixa o seu corpo e o seu soul (um jeito de balançar) navegar por imagens que ora aceleram e desaceleram, revelando camadas de um ser que é atravessado a todo o instante. Um corpo que faz de si imagens que afetam e se prolongam no tempo. Como diz a escritora Leda Maria Martins: “... toda imagem (...) nos oferece algo para pensar: ora um pedaço de real para roer, ora uma faísca de imaginário para sonhar.” E quem não pisa na terra não sente o chão. Mar é vida, pulsação. Mar é vida, pulsação. Amaré faz parte do projeto de Intercâmbio do contexto da APAP — Feminist Futures, cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia e co-produção pelo Teatro Nacional D. Maria II, a Rua das Gaivotas 6 e a Cia de Danças Lia Rodrigues.
duração: 30 min
MINIBIO
Allyson Amaral (Brasília, 1981) artista da dança. Atua como intérprete, criador, ator, performer e arte - educador. É formado em Licenciatura em Dança pela Faculdade Angel Vianna (RJ). Integrou a Lia Rodrigues Companhia de Danças (2003-2011) e participa do Bloco Afro Ilú Obá de Min desde 2011. Seus trabalhos autorais são “Amaré" (2024) ainda em processo sendo desenvolvido no contexto da APAP – Feminist Futures em parceria com o Teatro Nacional D.Maria II, RuadasGaivotas6 (Lisboa/PT) e Cia de Danças Lia Rodrigues, “OM” (2022) no Projeto Tomie Dançante do Instituto Tomie Ohtake, “Bocaaaaaaa” (2022) no Projeto Solos Brasileiros: Dança para Villa-Lobos, “SlowSoul” (2019) pelo Cultura Inglesa Festival e “Espancamento” (2013-2015) no Projeto Residência Jardim Equatorial com coordenação da coreógrafa paulista Thelma Bonavita. É integrante dos projetos do coreógrafo Cristian Duarte em Companhia, Kintsugi (2022-2023), Despedançada (2021), Já Está? (2021) e as performances “O que realmente está acontecendo quando algo acontece” (2017) e "Jamzz" (2017). Como criador e intérprete participa do projeto “ A Gente é Sútil, Vocês são Explícitos” (2021-2022) do coreógrafo Leandro Souza. Outros trabalhos dos quais já fez parte são: Pretoperitamar- O Caminho Que Vai Dar Aqui (2019) de Grace Passô e Anelis Assumpção, Lobo (2018) de Carolina Bianchi, Filon- O Teatro do Mundo (2015-2016) de Kenia Dias e Ricardo Garcia, Obrigado por Vir (2016) da Key e Zetta e Companhia e Real (BH,2015) do grupo teatral Espanca!. Como performer participou do projeto “ A Extinção É Para Sempre” (2021) do artista Nuno Ramos. Atua na peça “ A Chegança do Almirante Negro na Pequena África” (RJ,2010) da Cia de Mystérios e Novidades. Fez parte do Corpo de Dança da Maré (RJ,2001-2002) do coreógrafo Ivaldo Bertazzo.
Vazio — Bia Torres
Em “vazio”, é investigado um corpo que se move em dissonância ao tempo de atropelamento imposto pela sociedade. A partir da pergunta sobre como alcançar um estado de presença que possibilite outro modo de viver, que não seja autodestrutivo, e num jogo entre som, projeção e movimento, o vazio se instaura como lugar prenhe de muitas possibilidades.
duração: 15 min
MINIBIO
Bia Torres é mineira, 29 anos, residente em São Paulo há 10. Move-se nas artes de forma indisciplinar. Pesquisadora do corpo enquanto potência criativa, afetiva e disruptiva. Escritora. Praticante de yoga há 10 anos. Graduanda em Comunicação das Artes do Corpo pela Pontifícia Universidade Católica. Técnica em humor pela SP Escola de Teatro e em dança pela Funcart Londrina.
ingressos gratuitos
ABRIL
DIA 23/04 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Júpter, Indomáveis Criadoras e Gana Coletiva
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
0058050 ou criatura inefável - Júpiter
"Isso não passa de uma forma de cortar o
mundo.
e o mundo é meu trauma.
Porque se o mundo, que é meu trauma, não para
nunca de fazer seu trabalho, então ser maior que o
mundo é meu contratrabalho.” - Jota Mombaça
duração: 15 min
MINIBIO
Júpiter é multiartista independente, transmasculino, arte-educador e pesquisador do movimento. Cria a partir de suas vivências em dança, circo, performance e música. Técnico em Dança formado pela Etec de Artes e ex-aprendiz do Ciclo II no projeto Núcleo Luz, das Fábricas de Cultura. Além de criações solo, integra também coletivos artísticos em Mogi das Cruzes e SP.
C.A.V.A.L.A - Indomáveis Criadoras
C.A.V.A.L.A é um solo autoral e auto-ficcional que parte da descoberta da disforia de espécie da interprete e do seu desejo de se tornar aquilo que sempre soube que era: uma cavala. O carro chefe do solo são as suas experiências de ser uma sapatão desfem que nunca se relacionou com homens; sua perturbadora relação com eles; se entender como uma mulher-que-não-pode-ser-mulher, e uma pessoa neuroatípica. Ainda perpassam a peça os questionamentos de gênero e sexualidade, a relação com a família, com a morte, e a arte drag king.
duração: 30 min
MINIBIO
Maria Fernanda é idealizadora da "Indomáveis Criadoras", e por esse ser o primeiro trabalho da coletiva, optamos por mandar o currículo dela:
Maria é sapatona desfem, neurodiveregente, inconformista de gênero, que não acredita em binarismos, que se vê no "entre". Artista-pesquisadora, atua e leciona nas áreas de dramaturgia, direção, atuação, voz e canto. Sua pesquisa, em todas as áreas, gira em torno da despatriarcalização dos saberes e fazeres artísticos, atravessada pela inexorável experiência de ser uma mulher que não performa o que se entende por feminilidade e ama mulheres num mundo misógino. Sua arte busca não apenas levantar bandeiras necessárias, mas, principalmente, colaborar para o fomento, a exposição e a construção da subjetividade feminina e lésbica na arte, a partir do ponto de vista de quem vive a experiência na pele, a fim de colocar as mulheres como sujeitas fazedoras e contadores de suas próprias histórias.
Roxa: Sucata - Gana Coletiva
"Roxa: Sucata" são rascunhos, fragmentos, materiais que estão sendo investigados para a criação do espetáculo "ROXA", segundo trabalho da Gana Coletiva. A peça, que trata de questões ligadas a identidade de gênero não-binária e da condição de pessoas que vivem com HIV, trata também sobre a ausência de gênero em roupas e objetos, e como podemos ressignificar o nosso olhar sobre as mais diversas materialidades que nos cercam.
duração: 20 min
MINIBIO
A Gana Coletiva, criada em 2022, é um coletivo de artes performativas cuja pesquisa está alicerçada no empoderamento de narrativas dissidentes, buscando na pesquisa (auto)biográfica, criar espaço para discursos e dramaturgias autorais. O primeiro trabalho, "Leti", teve sua estreia em 2023. Em 2024, teremos a estreia do novo trabalho, "Roxa".
Esta ação faz parte do projeto ‘’KASULO – ESPAÇO DE ARTE – 15 ANOS’’ - realizado com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas - Governo do Estado de São Paulo.
ingressos gratuitos
MARÇO
DIA 26/03 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Ayo Klunga, Rebeca Tadiello e Rúbia Vaz
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
COMO SE PREPARAR PARA QUEDA MESMO ESTANDO NO CHÃO - Ayo Klunga
Uma ação performativa que vem com o intuito de criar tensões na lógica binária, questionando e provocando fissuras e incômodos. Construindo narrativas possíveis de vivência que possibilita um olhar circular que interseccionam raça e gênero e também os desobedecem. A obra se nutre de saberes afrodiaspórico, como as pedagogias de exu e também a “Dança da indignação” e o “Devir Animal”, que são ferramentas tecnológicas que nos possibilita uma organização das nossas dores e nos potencializa através da corporificação da nossa animalidade enquanto potência criativa e combativa. Como a transgressão do corpo de exu, corpo esse encruzilhada, nos possibilita pedagogias performativas e decoloniais para sobreviver no futuro?
duração: 20 min
MINIBIO
Ayo Klunga, natural de Taubaté. Atuou por 3 anos na companhia “Balé da Cidade de Taubaté”. Formada em Artes Cênicas. Integrante do coletivo afrocentrado “Iluminação Fluida” no qual pesquisa dança contemporânea negra, e que foi contemplado no “PQA, Programa de qualificação em artes 2020”. Participou em 2021 do “OUTROS" festival virtual, com curadoria de Ruy Filho e Patrícia Cividanes, com a Obra "Cantos" direção de Eduardo Fukushima. Cofundadora do "Saracuras" que é um laboratório de produção criativa. Participou do 3° Intercâmbio de ideias e ações "Transe" formado pela parceria de Mariana Sucupira e Maristela Estrela. Foi performer no projeto "Transe em Trópic Ju o" projeto contemplado no fomento à dança de São Paulo e tem a direção de Mariana Sucupira e Maristela Estrela, Atualmente está em formação no Núcleo Luz,e também fez parte da residência "Guerra e Festa" da Coletiva Ocupação. Integrante da Cultura Ballroom, sendo ex membro da House of Mamba Negra e da Mainstream House of Nina Oricci. Atuante na “Cia Sacana”.
Estudos sobre o mover - Rebeca Tadiello
“Estudos sobre mover” é um solo-estudo em que movimento é elaborado enquanto hipótese, testando e desdobrando em corpo possíveis relações com a imagem da ‘segmentação’. Trata-se de um solo em construção, que vem sendo estudado e circundado desde o início de 2022. O trabalho é elaborado como parte da pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da ECA USP.
duração: 20 min
MINIBIO
Rebeca Tadiello, artista da dança, é natural de São Paulo- SP. Trabalha na cena independente da cidade atuando em companhias/grupos de dança e ministrando aulas de dança contemporânea em escolas e em projetos artístico pedagógicos. Além disso, desenvolve pesquisa em dança desde 2017, aprofundando um fazer artístico que conta com desenvolvimentos, composições e estudos sobre mover. É graduada em Comunicação Social (Relações Públicas) pela ECA-USP e, em 2022, dá início à pós-graduação (mestrado) no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas - PPGAC ECA USP. Dirigiu (2021) o projeto “Ensaios sobre um triz – Desenvolvimento Autoral Partilhado” contemplado pelo edital PROAC EXPRESSO – PRIMEIRAS OBRAS -2020.
Pátria, quem te pariu? - Rúbia Vaz
“pátria, quem te pariu?” é uma palestra- performance criada como objeto artístico da dissertação “Performance ancestral: a grafia encantada do corpo”, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Artes da Cena da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob orientação de Lígia Tourinho. A pesquisa investiga as dramaturgias do corpo de programas performativos, considerando-os uma prática de encantamento. Uma série de sete ações foram criadas a partir de programas performativos em diálogo com a vida e a obra de Ana Mendieta. A escolha por tal artista se deu pelo fato de que, ao colocar o corpo em comunhão com a natureza, ela aproximou a arte de performance da espiritualidade e ancestralidade. Assim a pesquisadora cria uma fabulação a fim de pensar em uma ancestralidade artística e estabelece um diálogo com conhecimentos ancestrais a partir do compromisso com os sonhos e práticas de cuidado através de ervas medicinais.
duração: 30 min
MINIBIO
Rúbia Vaz é artista e pesquisadora nascida e criada em Jacareí. Fez sua formação profissional em São Paulo e no Rio de Janeiro, e pensar em sua cidade como fronteira entre duas capitais do país é algo que move sua criação. É graduada em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero e mestra em Artes da Cena pela UFRJ. Atriz e diretora formada pelo Centro de Artes e Educação Célia Helena, integrou os núcleos de dramaturgia da Escola Livre de Teatro e do SESI-SP. É autora de “como a palavra amor sai naturalmente das nossas bocas”, publicada pela Editora Urutau, cujo memorial de processo criativo compõe o livro digital “pontilhados: pesquisas da cena universitária”, organizado pelo Itaú Cultural. Em 2020 a obra foi adaptada para a performance relacional multimídia “ophelia is a-live”, realizada em temporada independente e contemplada pelo ProAC 11/2022. Assina também “sismos não listados”, que teve leitura encenada por Luh Maza no Portas Abertas SESI e foi publicada pela SESI-Editora. Foi intérprete da partitura CAIM, de Arthur Murtinho, na 25ª Bienal de Música Contemporânea.
Esta ação faz parte do projeto ‘’KASULO – ESPAÇO DE ARTE – 15 ANOS’’ - realizado com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas - Governo do Estado de São Paulo.
Foto de Diogo Mar
ingressos gratuitos
FEVEREIRO
DIA 27/02 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Clara Trocoli, Tatiana Guimarães/ Micromovimentos Dança & Cinema Nogueira e Pavel (Pasha) Gorbachev
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
Levantar e se fingir de morta - Clara Trocoli
Um trabalho que dribla entre o desejo de não lembrar e a impossibilidade de esquecer uma memória traumática. Se aproximar do trauma para além da moral, complexificando as relações sem estigmas de vítima ou algoz. Sustentar a violência e o amor presentes na memória e dançar com ambos. Isso aqui não é um processo de cura, não é uma denúncia, não é um pedido de desculpas. É a sustentação de um não saber. Não saber o que fazer com isso que me deram, mas tentar, a partir e apesar do trauma, criar ficções de futuro.
MINIBIO
Clara é artista da cena, pesquisadora e professora de teatro. Graduada em Interpretação Teatral na UFBA e mestranda em Artes da Cena pela UFRJ, onde desenvolve uma pesquisa prática em que investiga as interações entre teatro e performance a partir de narrativas que mesclam memória e ficção. Atuou em diversos espetáculos, dentre eles Avesso e A máquina que dobra o nada, ambos vencedores do Prêmio Braskem de Teatro.
HOMO - Pasha Gorbachev
As palavras que doem, ouvidas muitas e muitas vezes, continuam a machucar?
Permanecem dentro? Passam a habitar o corpo?
Fazem o sangue ferver, estancar ou derramar?
Seus significados se transformam com o tempo?
A língua pode mudar, mas o significado nem tanto.
duração: 12 min
MINIBIO
De naturalidade russa, Pasha iniciou sua carreira na dança aos 18 anos de idade. Após 4 anos de aulas regulares em Danças Urbanas ele começou a dar aulas como professor. A partir de 2015, sai da Rússia por causa do contexto extremamente homofobico e muda-se para Nova York para impulsionar ainda mais sua carreira artística. No final de 2017, muda-se para o Brasil buscando novos desafios profissionais dentro da pesquisa das danças contemporâneas como artista de movimento, seja como professor, coreógrafo e/ou dançarino e passa a trabalhar com o T.F. Cia de Dança e ministra aulas regulares em São Paulo. Tinha a oportunidade de trabalhar sob a provocação de artistas como Marcela Levi, Luciana Lara e Jorge Garcia. Também realizou oficinas e encontros com diferentes núcleos artísticos como Fragmento de Dança, Núcleo Ximbra, Grupo Zumb’Boys, Menos um Invisível, Grupo Flying Low, entre outros. Antes da pandemia, fez parte das residências artísticas do grupo Cena 11 e do núcleo Aqui Mesmo. A partir do ano de 2021, passa a se aproximar com mais intensidade da cena Ballroom (Vogue) em São Paulo, participando dos eventos regulares da comunidade LGBTQIA+.
VAZIO - Tatiana Guimarães/ Micromovimentos Dança & Cinema
Tatiana Guimarães faz um retorno à autobiografia a partir do sentimento de não ter experimentado o amor materno, desde muito pequena até os dias atuais. Ainda é presente a memória do incômodo que sua presença à causava, o que engatilha um enorme vazio e uma reincidente pergunta: por quê? O ponto da pesquisa é a imagem de Renné Roussillon, correspondente aos três graus do trauma. O trabalho terá o artista visual Fábio Tremonte como interlocutor, problematizando as questões estéticas referentes à obra.
duração: 15 min
MINIBIO
Graduada em cinema pela Universidade Anhembi Morumbi. Trabalhou com reconhecidos(as) artistas da dança de SP, como Sandro Borelli, Miriam Druwe e João Andreazzi e com diretores(as) de teatro e cinema, como João Miguel, Guilherme Leme e Cristiane Paoli Quito. Desenvolveu vídeocenários para o Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho, para a Cia Druw e para o Corpo Estável de Jundiaí. Dirigiu as videodanças ‘Piso Verde e Amarelo para Uma Lógica Branca’ (Mostra Internacional de Vídeodança de SP/2011) e ‘Espaços Anônimos’ (Mostra de Vídeodança do Festival de Bourgogne, em 2013; parte do acervo permanente da Médiathèque du Centre National de la Dans, na França; e parte da Mostra de Vídeodanças Brasileiras do Teatro de Freiburg, na Alemanha, em 2018). Publicou artigos em revistas relacionados aos temas de processos artísticos, pedagógicos e políticos, como a Revista Urbânia, promovida pela Bienal de Artes. É artista-orientadora e agente cultural desde 2006, tendo passado por diversas ONGs, escolas e projetos públicos. Trabalhou no Programa Vocacional, da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, de 2007 (ano da implementação da linguagem da dança) até 2016, sendo coordenadora de equipe interlinguagens por quatro anos. Já atuou como banca dos editais Proac Primeiras Obras e Proac Artes Integradas. Desde 2013, é diretora do 'Núcleo Micromovimentos Dança&Cinema’ - projeto que atua nas intersecções entre as linguagens da dança e do cinema e em processos autobiográficos, tendo sido premiado por editais como Proac e Klauss Vianna. Atualmente, faz assessoria para livros didáticos de arte nas áreas de dança e cinema para editora IBEP e mestrado em política e diversidade cultural pela ECA/USP.
Esta ação faz parte do projeto ‘’KASULO – ESPAÇO DE ARTE – 15 ANOS’’ - realizado com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas - Governo do Estado de São Paulo.
Foto de Pri Magalhães
JANEIRO
DIA 30/01 - 19H
TERÇA ABERTA CONVIDA:
Núcleo Entretanto, Adriana Nogueira, Diego Cruz e Peter Levi
Kasulo Espaço de Arte
R. Souza Lima, 300 - Barra Funda
ingressos gratuitos
MEDIAÇÃO: Janaína Leite e Vanessa Macedo
FAZER FUGIR - Núcleo Entretanto
FAZER FUGIR. Inventariar significações. Colocar-se em contato com o infinitivamente movente. Comportar o que poderia se chamar de erro ou desvio do movimento. Circuitaria rítmica em choque. Movimentos em lugar de outros movimentos que não podem se mostrar mas que habitam o espírito. Faz parte da pesquisa "sistema em descontinuidade" de Welington Duarte, agora em parceria com MARIA BASULTO, RAFAEL CARRION e RAFAEL COSTA.
duração: 30 min
MINIBIO
WELLINGTON DUARTE atua em São Paulo como diretor, bailarino e performer desde 1990 e atualmente dirige o Núcleo EntreTanto. Em sua trajetória promoveu um fazer/dizer no corpo e investiga qualidades corporais que vão além de temas pontuais. Neste contínuo fazer tem elaborado propostas experimentais da fisicalidade, conectando lógicas, pensamentos e questões insuspeitas no corpo. Principais trabalhos: 2021/2022 – Posição Amorosa, concepção e direção de Wellington Duarte, com Daniel Fagus Kairoz e Wellington Duarte. Prêmio Denilto Gomes/2022, Melhor Intérprete. 2020 – Em Teu Nome, a partir de O Grande Inquisidor, de Fiódor Dostoievski, com Donizeti Mazonas e Wellington Duarte, direção de Donizeti Mazonas; 2019 – Situação de Atrito 3: uma coisa muda, direção de Wellington Duarte, com Aline Brasil, Maria Basulto e Wellington Duarte. Indicado ao Prêmio APCA, melhor espetáculo; Prêmio Denilton Gomes, melhor intérprete (Maria Basulto) e indicado como um dos melhores espetáculos de 2019 pelo jornal A Folha de São Paulo. 2018 – Máquinas do Mundo, instalação cênica da Mundana Companhia de Teatro, realizada no SESC Pinheiros. 2018 – Situação de Atrito#variação nula, com direção de Wellington Duarte, intérpretes: Aline Brasil, Maria Basulto, Pedro Galiza, Suiá Ferlauto e Wellington Duarte. 2015 – Onde Agora? Quando Agora? Quem Agora?, direção de Wellington Duarte e Daniel Fagundes. 2014 – LÂMINA, direção Wellington Duarte, com Gabriel Brito Nunes, Joana Ferraz, Josefa Pereira, Leandro de Souza, Márcio Araujo e Suiá Burger Ferlauto. 2012 – Ocorrências, direção de Luiz Paetow.
Pele: Uma dança às profundezas -
Adriana Nogueira
“Pele: uma dança às profundezas” foi desenvolvido no primeiro semestre de 2023 na Residência Artística do Centro de Referência da Dança (São Paulo). A obra é uma celebração as danças que constituem a intérprete em diálogo com a poderosa imagem da deusa Pele, um mito havaiano de uma montanha vulcânica.
duração: 15 min
MINIBIO
Adriana Nogueira é educadora, pesquisadora na perspectiva não colonial, artista do tango há 12 anos e artista-colaboradora do Espaço Cultural Adebankê e intérprete-criadora do trabalho “Pele: uma dança às profundezas”. Organizou o projeto cultural-social-artístico Tango na Rua (São Paulo, 2013-2021), do Encontro Popular Folklórico Abya Yala (2019) e a partir de 2012 foi coordenadora e professora em projetos de formação de Tango em São Paulo em espaços culturais e artísticos. É formada em dança pela Escola Técnica de Artes de São Paulo e graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo. Em 2020 coordenou os encontros onlines “Tangô: um corpo histórico” e, em 2021, “Tangô: uma experiência decolonial”, pelo projeto artístico pedagógico Transversalidades Poéticas - São Paulo.
O QUE PENSAM SOBRE NÓS - Diego Cruz
e Peter Levi
O QUE PENSAM SOBRE NÓS? é um espetáculo de dança contemporânea, expresso por corpos negros, que se apresenta como questionamento ao pensamento consequente do colonialismo e racismo estruturado, representando e impulsionando valores antirracistas, que prezam a equidade e dignidade social e artística das expressões pretas. Vamos falar sobre nossa identidade, vamos falar da nossa sociedade, vamos falar sobre… O QUE PENSAM SOBRE NÓS
duração: 25 min
MINIBIO
DIEGO CRUZ
Graduado em Licenciatura em Dança. Dançou como bailarino contratado na produção de “Bela Adormecida”, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 2007, ingressou no Balé do Teatro Guaira. Desde 2008, passa a integrar o elenco artístico do Balé da Cidade de Niterói. Em 2022 começou a participar como bailarino convidado da Esther Weitzman Cia. Dança Começou a desenvolver sua linguagem coreográfica em 2016 criando trabalhos para Ateliê Coreográfico da Companhia do Ballet da Cidade de Niterói, Companhia do Teatro Alberto Maranhão em Natal, Faces Cia de Dança do RJ e Coletivo Dona Coisa de SP. No audiovisual foi contemplado em 2022 e 2023 com o prêmio ONDAS DA CULTURA da FUNARJ com trabalhos de video dança coreografados por Christine Ceconello Na Dramaturgia de movimento colaborou para o curta-metragem DE PANO E REMENDADA, contemplado como o prêmio ONDAS DA CULTURA da FUNARJ e do vídeo performance SOU COM ELAS. Integrante da comissão artística de dança contemporânea do Sindicato dos Profissionais de Dança do Rio de Janeiro. Idealizador do projeto “Vamos Falar Sobre”, onde proporcionou aulas gratuitas online com diversos profissionais nacionais e internacionais, além de entrevistas, residências coreográficas e compartilhamento de conteúdo para a classe artística devido a pandemia covid-19.
PETER LEVI
Em 2023, integrou o Ballet de Londrina mas, antes disso, atuou na Cia Esther Weitzman , na Cia de Ballet de Niterói ,Cia Dimensões da Dança, GAMA CREW(grupo de danças urbanas) e GKILLAZ (grupo de danças urbanas). É formado em dança pelo Cenarte Dimensões no Rio de Janeiro e teve como base o Centro de Movimento Deborah Colker. Em sua formação e estudos estão o balé clássico, a dança contemporânea, o jazz dance, a improvisação e as danças urbanas. Em seu processo artístico, atuou em trabalhos de Henrique Rodovalho, Esther Weitzman, Vanessa Macedo ,Tiago Oliveira Igor Lopes, Alinne Kelly Curvão, Jaime Bernardes, Fabiana Nunes,e outros grandes nomes da dança.
Esta ação faz parte do projeto ‘’KASULO – ESPAÇO DE ARTE – 15 ANOS’’ - realizado com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas - Governo do Estado de São Paulo.