Mulheres em Cena 7ª edição
- Cia Fragmento de Dança
- 30 de mai.
- 20 min de leitura
Atualizado: 2 de jun.
15 – 23/09/2023
15/09 ABERTURA
Oficina Cultural Oswald de Andrade

Erga Omnes
Cia Fragmento de Dança
Para celebrar os seus 10 anos de vida, em 2012, a Cia Fragmento de Dança estreou Ecos reunindo trechos de seu repertório. Agora, são 20 anos completos de existência em grupo e voltamos a ecoar partes dos nossos trabalhos. As cenas, deslocadas das suas criações originais, se reconfiguram numa nova proposta dramatúrgica que emerge das questões que nos têm instigado hoje. Assim surge Erga Omnes.
Segundo o historiador israelense Yuval Harari, “somos os mestres da ficção”. Criamos as instituições, as religiões, os gêneros. Inventamos normas de conduta e moralidade. Somos os maiores predadores do planeta, mas temos uma capacidade inigualável de cooperar e, talvez, isso não seja contraditório. Não se trata de empatia e sim da nossa aptidão para imaginar. Erga Omnes é uma expressão em latim que significa “contra todos”, “frente a todos”. É muito usada no mundo jurídico para dizer que uma norma se aplica igualmente a todas as pessoas. Nesse sentido, uma invenção humana, questionável e contraditória.
Erga Omnes Feminae é uma versão composta por mulheres, especialmente para abertura da mostra Mulheres em Cena 7ª edição.
Duração: 55 min | Classificação: 16 anos.
FICHA TÉCNICA
Concepção, coreografia e direção: Vanessa Macedo
Assistente de direção: Maitê Molnar
Interpretes: Flávia Teraoka, Gabriela Ramos, Leticia Almeida, Letícia Mantovani, Maitê Molnar e Vanessa Macedo
Percussão, montagem e edição de trilha sonora: Lua Oliveira
Iluminação: Fellipe Oliveira
Figurino: Daíse Neves
Design gráfico: Leticia Mantovani
Produção: Luciana Venancio (Movicena Produções)
16 a 18/09 MOSTRA DE TRABALHOS EM PROCESSO
Oficina Cultural Oswald de Andrade
16/09

Maria Samambaia faz 50 anos ou vira cantora
Gladis das Santas — Curitiba
No hay banda é tudo playback é uma aparição. Subitamente as artistas surgem no espaço em meio ao público e performam através do dispositivo de dublagem Lip Sync hits remixados dos anos 90. Interessadas no universo paradoxal da cultura pop, que é ao mesmo tempo massificadora e provocadora, a playlist selecionada tensiona essa relação a partir de um recorte nacional e internacional de músicas interpretadas por mulheres.
Os hits contagiantes costuram em sua dramaturgia elementos do contexto cultural dos anos 90, momento com forte presença da televisão e seus programas de auditório e maior abertura às influências norte-americanas provenientes do avanço neoliberal nos aspectos político e econômico. No hay banda é tudo playback mobiliza a sensação ambígua de familiaridade e incômodo que vaza e desloca, de um estado festivo para um estado ácido, nossas percepções e referências.
FICHA TÉCNICA
Direção e Concepção: Grupo Vão
Criação: Isis Andreatta, Juliana Melhado, Julia Viana, Patricia Árabe e i gonçalves.
Dança: i gonçalves, Julia Viana, Juliana Melhado e Patricia Árabe.
Trilha sonora: Gustavo Lemos
Produção executiva: Grupo VÃO

Para Aquelas que não mais estão: poéticas da violência
Coletivo Rubro Obsceno — Curtiba/São Paulo
"PARA AQUELAS QUE NÃO MAIS ESTÃO: poéticas da violência” é um desdobramento do projeto original considerando a realidade do feminicídio e aumento da violência contra mulheres e meninas durante a pandemia da Covid 19. Performance-memorial dedicada a todas as mulheres que foram e continuam sendo assassinadas na América Latina. Parceria entre o Coletivo Rubro Obsceno (Leticia Olivares e Stela Fischer - Brasil), Violeta Luna (México/EUA) e o videoartista Roderick Steel (BR/EUA), denuncia a violência, impunidade, esquecimento e ritualiza a necessidade de uma ação conjunta e poética contra o feminicídio.
Com suportes documentais, é pautada em dados estatísticos, memórias e testemunhos de situações de traumas e violência, de dominação e colonialidades, e expõe, de forma interrelacional, o feminicídio no Brasil e no México. É um ritual para celebrar vidas interrompidas dilatando a inteligibilidade da violência que acomete muitas mulheres. “PARA AQUELAS QUE NÃO MAIS ESTÃO: poéticas da violência” começou na pandemia e ainda está em processo. Trabalhamos cenicamente dialogando com a videoperformance que fizemos no ensejo da pandemia. Precisamos de mais dados, mais números, mais trocas, mais laboratório.
Esse processo de criação foi apresentado para o público no Encontro Internacional de Mulheres Artistas da Cena - Reverbe, em Curitiba em dezembro de 2022 e no FUA - Festival Internacional do Mercosul, em Buenos Aires (Argentina) em maio de 2023.
Duração: 40 min | Classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Performers: Stela Fischer e Leticia Olivares

Travessias em Mim
Débora Campos — Rio de Janeiro
Travessias em Mim é um estudo dançado dos vestígios da presença negra no meu corpo pessoal, coletivo e ancestral. Iniciado a partir da provocação do livro Crime no Cais do Valongo de Eliana Alves Cruz, ponto de partida para pensar corporalmente os atravessamentos da história e do espaço/ tempo do Valongo, enquanto realidade simbólica do fluxo de pessoas, culturas, matérias visíveis e invisíveis que me constituem, energias ancestrais manifestas no corpo que se move. Atualmente a pesquisa gestual e conceitual está em fase de aprofundamento e ampliação.
Duração: 15 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Pesquisadora/intérprete: Débora Campos
17/09

Ensaios sobre a subversão
Risoflora Pernambuco — São Paulo
"Ensaios sobre a subversão” é um trabalho inspirado na potência subversiva da figura das Pombogiras, trazendo esse universo simbólico e ancestral como terreno de reflexão e força criadora. Através de histórias, movimentos, cânticos e ritmos, que buscam evidenciar aspectos da condição de demonização do feminino e estabelecer um diálogo com as histórias das pombogiras, este trabalho artístico se propõe a problematizar o lugar social destas entidades. Trata-se de pôr em evidencia a potência subversiva do ser mulher, evocando a ciência da encruzilhada, a sabedoria das pombogiras, figura complexa e transgressora, personagem que povoa o imaginário brasileiro como sinal de perigo, que rompe com padrão convencional e exalta a experiência do feminino como diversa e como livre construção do ser.
Valorizar, fomentar e difundir as danças tradicionais de Pernambuco é também marca central desta proposta, que traz em sua construção expressões como o côco, a dança afro, a dança dos caboclos, o samba de terreiro, além dos toques e pontos cantados da Jurema, que dialogam em cena e alinham-se numa perspectiva contemporânea que constrói um modo peculiar de mover o corpo no espaço.
Duração: 30 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Criação e concepção: Risoflora Pernambuco
Músico percussionista: Davidson Oliveira

Matrioska
Helk Pedrassi — Ribeirão Preto
Matrioska é reverberação cênica que permite ao público criar sua própria narrativa a partir do seu universo pessoal.
Em prática é um exercício que coloca nosso auto julgamento sobre algo subjetivo. Qual narrativa criamos a partir de tudo aquilo que nos constrói? Matrioska beira a um experimento social de “auto análise” sobre os discursos e significados que damos para absolutamente tudo que olhamos com atenção. A pesquisa encontra-se em fase de experimentação de movimento.
Duração: 15 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Intérprete criadora: Helk Pedrassi

Ensaio sobre o tempo de respiro e …
Thaís Ferreira — São Paulo
A respiração, onde tudo começa e tudo termina num ciclo infinito.O primeiro movimento que integra o ser, deixando o que está fora entrar, o que está dentro sair. E por estarmos culturalmente condicionados a quebrar este fluxo estando em falta de si, de nós, de tempo, correndo contra ele em aceleração constante num eterno trabalho. Resgatar e olhar para essa suspensão de tempo do vazio das reticências,que está o não dito, visto, ouvido ou sentido, mas que existe ali o que já está, tudo o que é suficiente. No momento se encontra num estágio de organização de cenas, sonoridade e o próprio fazer do início ao fim.
Duração: 20 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Intérprete criadora: Thaís Ferreira

Arapuca
Patrícia Pina — São Paulo
ARAPUCA vem dar continuidade às investigações da intérprete criadora em se mover e se colocar no mundo impulsionada pela necessidade em manifestar politicamente sua posição quanto artista, favorável a uma vida mais digna com respeito e humanidade para todas as mulheres principalmente as menos favorecidas Uma vida onde tenham autonomia sobre seus corpos, onde possam ditar suas próprias regras e decidir abortar depois de terem sido vítimas de estupro ou por uma gravidez indesejada.
É urgente impulsionar a conscientização das mulheres acerca de seu próprio corpo pois ao se apropriar dele podem transformar sua realidade tomando decisões de acordo com seus desejos e necessidades.
Luta pelos direitos das mulheres, luta pelo direito de existir com dignidade.
Nesse momento busco encontrar e reenergizar meu :
CORPO-VOZ
CORPO-LUZ
CORPO-FUGA
Trazendo minha investigação de corpo que tenta subverter os sistemas impostos pela subjugação dos códigos e técnicas pré concebidas. Agora necessito aprofundar as descobertas após um 1o. Compartilhamento da obra onde engatinho em novas possibilidades de cena.
Duração: 24 min | Classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Intérprete criadora: Patrícia Pina
18/09

CAVALAS
Ana Brandão e Alana Falcão — Salvador
Após um ano de intensa pesquisa coreográfica, estamos na organização dramatúrgica da obra. Influenciada pelos gêneros faroeste e terror brasileiro, CAVALAS problematiza a lenda colonial da “Mula s/ cabeça" enquanto conto de transformação de mulheres em bestas. P/ tanto, partimos das “Xifópagas Capilares”(TUNGA,1987) e do hobbyhorsing - misto de prática esportiva de equitação de cavalo de pau, fantasia e clube secreto de garotas - donde surgem jogos entre mulheridade, animalidade e espelhamento.
Duração: 33 min | Classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Direção, concepção e dança: Alana Falcão e Ana Brandão
Dramaturgia: Laís Machado
Concepção e operação de luz: Diego Gonçalves
Fotografia e Registro Audiovisual: Sirc Heart
Direção de arte: Amine Barbuda
Cenografia: Bernardo de Oliveira
Figurino: Marlan Cotrim
Concepção de som: Paulo Pitta
Coordenação de produção e produção executiva: Natália Valério

Suscetível — uma dança-palestra
Maria Basulto — São Paulo
Este relato corporal dançado se configura ao longo de uma pesquisa acadêmica que busca refletir sobre as estratégias de adaptação técnica e criativa de intérpretes de dança que transitam entre diferentes processos de criação. No reconhecimento da suscetibilidade do corpo nesses processos coreográficos, descobertas, fragilidades e desafios são compartilhados através da fisicalidade em uma dança-palestra.
Duração: 40 min | Classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Criação, dança, texto e pesquisa: Maria Basulto
Orientação: Juliana Moraes
Apoio: Faepex, Centro de Referência da Dança de São Paulo (CRDSP), Oficina Cultural Oswald de Andrade, Núcleo de Dança Pedro Costa, Núcleo de Práticas Experimentais em Coreografia (NPEC).

Síncope 01
Sofia Monteiro — Ribeirão Preto
A obra circunda o tema de tecnologias, redes sociais, perda do sujeito, assedio e comportamento em sociedade. A pesquisa foi iniciada em 2021, é fundamentada em leituras de Byung Chul Han, experimentos online, escritas e relatórios. A pesquisa se encontra na fase de experimentação de movimentos e exploração de uma atmosfera de frieza, secura, ausência de emoções, binarismo 01, aceleração temporal, relação corpo/maquina e perda do sujeito. A intenção é que a obra seja interativa.
Duração: aprox 30 min | Classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Interprete e criadora: Sofia Monteiro
Apoio Técnico: Helk Pedrasi
Trilha definida até o momento: Order from Chaos (Max Cooper)
19 – 23/09/2023 MOSTRA DE ESPETÁCULOS E PERFORMANCES
Oficina Cultural Oswald de Andrade
19/09

Eu Não Sou Daqui – Estudos de Poética das Travessias
Carolina Moya – São Paulo)
Como habitar o entre?
Desenterro e celebro os ossos, enquanto crio e percorro meu caminho...
Nascida na cidade de São Paulo e residindo em Piracicaba, desde 2019, Carolina Moya investiga, poeticamente, neste estudo, sua própria identidade. Abordando suas travessias e a condição de estrangeira às tradições que pesquisa e com as quais trabalha há vinte e quatro e dezessete anos, respectivamente, o flamenco e as danças tradicionais populares brasileiras (especificamente neste estudo: cavalo marinho, maracatu rural, baião de princesas e bumba-meu-boi). Técnicas corporais basilares da criação, a partir das quais explora outras corporeidades possíveis. A dramaturgia é livremente criada a partir da estrutura do baile flamenco das Alegrias de Cádiz.
Para pensar o conceito de identidade deste estudo, Carolina, apoia-se no entendimento presente no texto da antropóloga Els Lagrou, No Caminho da Miçanga - Um mundo que Faz de Contas.
""A identidade é constituída pela incorporação esteticamente controlada do outro"" Els Lagrou.
Duração: aprox 45 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Criação, Interpretação e Dramaturgia: Carolina Moya
Provocação Corporal: Juliana Pardo
Trilha Sonora: Ivan Silva
Figurino e Assessoria Cenográfica: Ivy Calejon
Desenho de Luz: Almir Rosa
Fotografia e Still: Daniel Cunha
Registro Áudio-Visual: Tikay Multicultural
Assessoria de Imprensa: Rafael Bittencourt
Música Eu Não Sou Daqui: Feat Alicio Amaral e Zuza Gonçalvez."

MONSTRO – Tenho sonhado com homens
Sofia Maruci – São Paulo
Perseguições, assassinatos, decapitações e muito sangue: há alguns anos, a atriz dessa peça é atormentada por sonhos horríveis envolvendo essas cenas de violência. Em “MONSTRO - tenho sonhado com homens”, o público testemunha a sua tentativa de elaborar corporalmente essas experiências aterradoras, fazendo uso de imagens do universo do horror. Assim, mimetizando gestos, expressões e movimentos de uma série de cenas de filmes, e alternando entre a figura do monstro e das personagens femininas representadas, ela busca compreender qual o seu papel nesses pesadelos sanguinolentos, permitindo que seu corpo seja possuído e desconjuntado por esses signos horroríficos.
Duração: 60 min | Classificação: 16
FICHA TÉCNICA
Criação e performance: Sofia Maruci
Direção: Vicente Antunes Ramos
Dramaturgia: Sofia Maruci e Vicente Antunes Ramos
Roteiro e montagem audiovisual: Antonia Baudouin
Iluminação: Matheus Brant
Vozes: Abraham Jacob Aflalo, Caio Horowicz, Francisco Lauridsen, Matheus Assumpção e Marcus Garcia
20/09

Salivas
Emilene Gutierrez – São Paulo
Uma Mulher anda. Come bananas. Deita. Se move. Fala. Dança entre grunhidos. Salivas é uma “peça resgate”, é tentativa de habitar lugares deformados entre tempos e abismos. A ação passa a ser uma busca caleidoscópica no qual o corpo se pergunta sobre o início, o fim e o desejo de continuidade das últimas “coisas”. Gerando zonas de fricção/vertigens entre linguagens do teatro, performance e estudos de movimento, as vísceras se tornam protagonistas e ora são tomadas como matéria, ora como símbolos.
O trabalho percorre um campo de pesquisa na qual a escrita dramatúrgica é atravessada pela experiência do corpo, suas cicatrizes e abjeções em cena. É recorte de um processo pessoal que ganhou formulação estética, quando a atriz passa a observar registros fotográficos de seu corpo e suas dimensões de volume-peso-forma em ambiente doméstico, identificando certo deslocamento de memórias e desejos entre “reconhecer-se e estranhar-se” em sua própria estrutura física.
Duração: 40 min | Classificação: 16
FICHA TÉCNICA
Concepção, Direção, Dramaturgia e Performance: Emilene Gutierrez
Dramaturgismo: Lúcia Kakazu
Provocação Artística: Janaína Leite e Érica Montanheiro
Provocação Corporal: Nina Giovelli
Estudos de Voz: Inês Terra
Vídeos: Suellen Leal
Luz: Aline Sayuri

Sonhos por sonhos
Hianna Camilla – São Paulo
Venho pesquisando sobre as quituteiras, escravas de ganho, quitandeiras, mulheres financiaram sonhos através da venda de comidas. Pensando na capacidade de sonhar mesmo imersas em condições contrariais, tais mulheres me fazem me confrontam a questionar se é possível sonhar. A pesquisa no momento já resultou na construção e experimentação de dois roteiros performáticos, onde ambos já foram executados. Agora meu desejo é propor um terceiro roteiro com base em referencial imagético para construção das ações, e ao realizar o roteiro analisar como essas ações comunicam em contato com o público sobre o universo desses mulheres.
Duração: 40 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Performer criadora: Hianna Camilla
Consulta da pesquisa historiográfica: Aline Santos
Registro fotográfico: Firmino Calixto e Cacau
Co-produção: Coletivo Omibiyi e Bando Undirê

Apoena – Aquele que Vê de longe
Francis Baiardi – Manaus
"Apoena – Aquele que Vê longe fala das questões urgentes e sensíveis que representam o sentido da palavra hu ma ni da de para as pessoas consideradas civilizadas, um solo de 32 minutos de duração.. Assuntos como ancestralidade, direito e expropriação são discutidos através do corpo que carrega toda uma ancestralidade indígena e negra, deixando-se atravessar pelas violências do homem contemporâneo.
Aquele que Vê longe é o presente/futuro, mas também é a volta ao passado apresentado em movimento dança. Apoena é a imersão da percepção e sentido de existir que assolam a artista, ao refletir sobre os que estavam em território brasileiro primeiro, pois eles eram os donos da terra e, hoje, são indígenas sem terra. Sendo uma questão imposta pelos colonizadores, uma usurpação dos territórios dos povos originários juntamente com o genocídio de diversas nações que aqui habitavam, tudo acontecendo desde dos anos 1.500.
Porém, atualmente esse processo é dado há mais de cinco séculos de diferentes
formas, como a violência física e cultural perdurando contra toda uma ancestralidade por meio de ações políticas, sociais, econômicas e religiosas, a partir da lógica do pensamento colonial e neoliberal no qual estão enraizada a vida de alguns dos brasileiros..
Existe um clamor em Apoena por direito e respeito. Direito a demarcação das terras
indígenas, bem como os nomes indígenas nos seus registros de nascimento, e tantos outros direitos que são assegurados aos povos originários pela Constituição de 1988, mas o estado e a classe burguesa continuam espoliando sujeitos, cidadãos plenos, violando-os de forma desumana. Não há respeito às conquistas de todo um processo histórico de luta e resistência, explicitados nas ações praticadas pelas classes de ruralistas e do agronegócio, criando contínuos conflitos contra as nações indígenas.
Ademais, a guerra instaurada na atualidade contra os indígenas é lida e sentida em
todos os meios de comunicação, literatura, movimentação artística, devido a administração federal racista e excludente. Para tanto, a obra Apoena é sobre as diversas vozes que ecoam dos primeiros habitantes do país chamado Brasil.
Em Apoena a cenografia-corpo é fundamentada nos problemas vividos pelos povos indígenas na sociedade contemporânea. Marcos de madeira protagonizam as cenas pelo corpo que dança. São corpos, corpos que se transformam nas 305 etnias do Brasil, corpos que falam 274 línguas diferentes, dos mortos e dos sobreviventes. Corpos de sangue de milhões de nações exterminadas que estão na BR, nas mãos dos que estão no poder, que ferem outros corpos, chegando a os matar. Os marcos apresentados em Apoena vão além de ser apenas uma cenografia.
O corpo é um território político, ao adentrar no tema cria perspectiva que pode ser
retomada/recontada toda a história da pluralidade étnica existente no Brasil. Traz reflexões de um passado que está no presente, nas ameaças do homem branco, bem como todo tipo de cooptação sofrida pelas mulheres e crianças indígenas. Consequências do pensamento evolucionista do governo federal, estadual e municipal, uma violência traumatizante para o povo Indígena.
A dança em Apoena fala do hoje, do genocídio, da escravidão à subalternização, num
tempo e espaço como recorte de uma realidade tão próxima do povo brasileiro, ainda assim esquecida, negligenciada. É uma fala do corpo que quer se descolonizar.
Duração: 35 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Concepção, pesquisa, criação e bailarina: Francis Baiardi
Pesquisa musical e músico: Paulo Pereira
Cenografia: José Batista
Pintura Corporal: Elizete Tikuna ou Rosana Baré
Figurino: Diego Batista
Iluminação: Carol Calderaro
Registro Fotográfico: Cila Reis, Bruno Goulart e Rosana Brito
Produção: Rosana Brito Baré
21/09

Dobra,uma dança origami
Ana Brandão – São Paulo
Dobra[rastro|corpo|nuvem|coisa]dura
Solo de dança distópica com exageros e reentrâncias. Dobrar muitas vezes. O corpo, o espaço, a normalidade. Tornar-se muitas, labiríntica, múltipla. Dobrar os ventos, as articulações, as vozes, os sentimentos. Um exercício do olhar: ser-se complexa. Com velocidade atravessar denúncias transformações histórias dores risos ironias.
Duração: 30 min | Classificação: 14
FICHA TÉCNICA
Dança e concepção: Ana Brandão
Provocadores: Nefertiti Charlene Altan, Bárbara Freitas, João Rafael Neto e Thiago Cohen
Trilha sonora: Paulo Roberto Pitta
Orientações ópticas: Hélio Brandão
Desenho gráfico: Naiara Rezende e Bernardo Oliveira
Luz: Naiara Rezende e Nabi Brandão
Fotos: Alexandra Martins, Ravena Maia e João Rafael Neto
Apoio: Deslimites Mediações Artísticas, Corpo em Casa e Casa Rosada

Corpo Terra
Bia Rezende – São Paulo
A performance Corpo-Terra faz parte da minha pesquisa que tem se desenvolvido no cruzo entre dança, performance, artes plásticas e poesia.
Nesse trabalho eu abordo relações entre corpo e barro, numa relação de mutualidade, correlação, e uma espécie de retroalimentação em sua dinâmica.
Esse corpo se reconhece, desenvolve, aprende suas texturas e estruturas e se constrói a partir de seu autoconhecimento e quanto mais se relaciona consigo mesmo. Esse corpo tem autonomia pra se definir e existir no mundo e deixa seu autoregistro quase como nas pinturas rupestres, a fim de ser quem narra e defini sua própria história e existência, criando a imagem de um ser mágico, místico e misterioso na tela.
A trilha sonora que acompanha a performance é de Déa Trancoso, e corrobora com a construção da narrativa desse corpo selvagem que é obra e natureza em si.
Duração: 20 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Concepção e Performance: Bia Rezende
Trilha: Déa Trancoso

Vienen por Mí
Fabia Mirassos – São Paulo
Sobre o que temos que falar, nós, as travestis?
“Vienen Por Mi” fala sobre pessoas trans. É importante salientar que falar sobre pessoas trans é quase sempre falar de violência. Seja esta de cunho físico, psicológico ou verbal.Segundo a ANTRA (associação nacional de travestis e transexuais), uma pessoa trans é morta a cada 48h no Brasil. Quando não são mortas, são suicidadas. A expectativa de uma pessoa trans no Brasil é de 17 a 35 anos. Isso significa que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo ao mesmo tempo em que é o país que mais consome pornografia trans.É preciso humanizar essa situação para que essas pessoas deixem de morrer ou de serem fetichizadas. Só que a educação que vem sendo constante alvo de patrulha moral no atual governo encontra-se fechada para este tipo de discussão.Nesse sentido, “Vienen Por Mi” visa fomentar por meio da cultura a conscientização de pessoas cisgêneras (visto que a transfobia é um problema cisgênero que atinge travestis por consequência) sobre a existência e humanização de corpos trans com o intuito de modificar as relações sociais existentes.
É importante ressaltar da seriedade de uma narrativa travesti numa sociedade em que quase nada sobre travestis foi dito por elas. “Vienen Por Mi” é uma peça travesti escrita por uma travesti e atuada por uma travesti que possibilita uma biografia travesti diferente daquelas que aparecem nos obituários dos jornais. Porque se trata de uma travesti escrevendo sua história enquanto vive. E isso é tudo que importa.
Duração: 50 min | Classificação: 16
FICHA TÉCNICA
Idealização e Performance: Fabia Mirassos
Texto: Claudia Rodriguez
Tradução: Carol Vidotti e Malú Bazan
Direção: Janaina Leite
Assistente de Direção: Emilene Gutierrez
Colaboração Artística: Carol Vidotti
Desenho de Luz: Aline Santini
Assistência e Operação de Luz: Henrique Andrade
Visagismo: Fabia Mirassos
Concepção e Confecção de Figurino: Fabia Mirassos e Salomé Abdala
Direção de Arte e Designer Gráfico: Renan Marcondes
Áudios em Off: Ave Terrena, Claudia Rodriguez, Maria Leo Araruna e Renata Carvalho
Sonoplastia: Ultra Martini
Fotos: Hugo Faz
Direção de Produção: Carol Vidotti

DESÁGUA – Braço de rio
Luciana Bortoletto – São Paulo
Um corpo em dança se deságua em três territórios e ganha margem em seu presente, passado e antepassado. Destas dimensões da corporeidade dançante, nascem braços de rio no M´boy Mirim, Pirajuçara e Turvo que se situam respectivamente onde Luciana Bortoletto reside, onde criança foi e onde sua avó materna nasceu. Nas memórias de si e das pessoas que participam de inventários participativos que compõem a pesquisa; fluir livremente é ausência de realidade, os corpos e os rios se reinventam, inspirando-se pela possibilidade, ainda que as águas estejam retificadas, obstruídas, mergulhando para lugares mais profundos, ou se transformando em rios voadores. Imagina águas criando caminhos no céu e no corpo? Deságua dança as memórias dos rios nas pessoas e, como braço de rio se abre em ramificações para que águas fluam para áridos terrenos.
O projeto Deságua foi contemplado pelo PROAC Dança Nº 03/2022, para produção de espetáculo inédito de dança
Duração: 20 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Pesquisa, criação e interpretação: Luciana Bortoletto
Laboratório coreográfico (dramaturgia de movimento): Vanessa Macedo
Dramaturgia de cena: Élder Sereni
Figurino: Telumi Hellen
Pesquisa sonora e musical: Luciana Bortoletto e Carlos Ávila
Produção geral: Junior Cecon
Produção de campo: Vitoria Savini
Aprendiz: Thiemy Maria
Design gráfico: Rafael Markhez
Inventários participativos (consultoria): Profa. Cecília Machado
Apoios: Cooperativa Paulista de Dança, Centro Cultural Assis do Embu
Parceria: Museu da Dança (Portal MUD)
Realização: ...AVOA! Núcleo Artístico
Esta ação integra o Projeto DESÁGUA, contemplado pelo PROAC Nº 03/2022 - Produção de espetáculo inédito de dança

Una danza de crisis, radiografía de una herida autobiográfica
Emma Malacara – Cd do México
Pieza testimonial donde la performer comparte sus heridas autobiográficas: la ausencia paterna, haber sido víctima de agresiones sexuales y tener autolesiones en el cuerpo. La pieza explora distintas teatralidades como la frontera entre la realidad y la ficción para problematizar la mentira ¿y si utilizamos la ficción para hacer lo que no hacemos en la vida real? ¿por qué sentimos la ficción de una sola manera? ¿por qué no sería ético matar a alguien en escena? ¿o sólo imaginarlo?
Por otro lado, a través de la dramaturgia se explora el dolor de ser mujer en México. En el cuerpo las crisis de una mujer víctima de agresiones y ausencias.
¿De qué manera se repara el daño de una agresión sexual? ¿Es posible? En México el estado de derecho para las víctimas no existe y la venganza se ha vuelto un grito desesperado de empatía. Finalmente la performer descubre que su venganza han sido sus autolesiones. “Miren cuanto sangro, miren cuánto me duele el daño que me han hecho. Todo esto me duele”.
Duração: 35 min | Classificação: 18
FICHA TÉCNICA
Dirección: Micaela Gramajo.Dramaturgia: Emma Malacara.Diseño de escenografía e iluminación: Ana Luisa Gama.Asistencia de dirección: Dayane Romo. Laboratorio de actrices mexicanas: Andrea Aguilera, Dayane Romo y Danna Muñiz.Adaptación del texto: Emma Malacara, Dayane Romo y Micaela Gramajo.Producción: Dayane Romo y Emma Malacara.

Corredeira
Nave Gris Cia Cênica – Brasília
Corredeira, solo concebido e dançado por Kanzelumuka, nasce da percepção das águas que correm para o mar e da relação do poder ancestral ligado às águas no corpo feminino. A corporeidade levada à cena tem sua origem nas tradições e saberes bantos, em especial nas danças presentes nas manifestações religiosas afro-brasileiras: congados, moçambiques e danças de minkisi – em especial às divindades femininas (muhatu) relacionadas às águas. É também um exercício de reflexão em torno do corpo que pretende contar a pluralidade do indivíduo, dissipado e transformado na diáspora africana, da experiência artística e das experimentações de um corpo negro que dança.
No espetáculo buscamos aprofundar relações entre manifestações culturais em seu contexto tradicional e litúrgico e a criação em dança contemporânea, investigando como elementos presentes na cultura afro-brasileira podem mover, nutrir e embasar uma produção cênica que não recorra à mimetização de suas formas, mas que compreenda seus princípios e meios de resistência e reinvenção. Corredeira é água que inunda o corpo e o faz mover em busca de espaços locados na memória ancestral que se presentifica no acontecimento da dança.
"Em meio ao medo instalado e à necessária e desejada coragem, ensaiamos movimentos
ancorados na recordação das proezas antigas de quem nos trouxe até aqui." (Conceição Evaristo)
Duração: 22 min | Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Criadora-intérprete e diração: Kanzelumuka
Colaboração dramatúrgica e codireção: Murilo De Paula
Iluminação e operação de luz: Diogo Cardoso
Arte sonora: Vagner Cruz
Operação de som: Viviane Barbosa
Figurino: Éder Lopes
Produção e realização (2023): Nave Gris Cia Cênica

Ensaio pra saltar sobre o baile
Camila Nantes – Salvador
Um corpo ginga à margem das Danças de Salão.
“Ensaio para saltar sobre o baile” é um exercício de fuga e criação a partir das dinâmicas que estruturam as contradições das Danças de Salão, suas opressões e encontros. A experimentação move entre abraços tradicionais das danças sociais e defesas e golpes da capoeira, inventando mandingas para transcriar futuros possíveis.
O processo de investigação se movimenta a partir da pergunta “como eu ocupo esse salão?” e traz a perspectiva de um corpo que existe e resiste na encruzilhada das intersecções de gênero, sexualidade, raça, classe e território que atravessam as Danças de Salão na América Latina.
Em movimentos de flexibilidade e atenção, jogo de sobrevivência entre defender e atacar, o estudo da ginga estrutura essa dança como sabedoria ancestral que rege movimentos culturais afro-brasileiros, bem como o jeito que corpos desse contexto tem de ser, estar e agir na relação com essa encruzilhada.
Duração: 30 min | Classificação: 16
FICHA TÉCNICA
Concepção, performance e direção: Camila Nantes
Assistência de direção: Ana Brandão, Gardênia Coleto, Thais Rosa, Tiê Francisco Maria, Joseh Jara
Figurino: Jeisiekê de Lundu
Projeto de luz e operação: Ana Brandão
23/09

A borboleta e o cubo de vidro
Cia Flamenca Ale Kalaf – São Paulo
O gatilho para criação desse espetáculo solo foi racional e intelectual: uma pesquisa da antropóloga Mirian Goldenberg onde ela perguntou para 5.000 homens e mulheres o que eles mais invejavam no gênero oposto.
E as respostas, serviram como uma faísca em terreno seco, para a criação de um trabalho que fala sobre uma questão urgente no país, a(s) violência(s) contra a mulher.
Esse espetáculo nasce então como um contraponto para as inúmeras tentativas de reduzir uma jovem a nada.
É a comemoração de uma sobrevivência e não de uma derrota. Dançar uma história, não por achá-la excepcional, mas sim, porque ela é absolutamente comum e onipresente.
Usar o palco como uma plataforma para mergulhar dentro, afrouxando a corda tensa da vigilância que não permite acessar a realidade das memórias.
Duração: 45 min | Classificação: 16
FICHA TÉCNICA
Concepção, criação, direção e interpretação: Ale Kalaf
Dramaturgia: Nathalia Catharina
Preparação corporal e fisicalidade: Patricia Bergantin
Provocação artística, treino do ator, dança-teatro: Daniella Nefussi
Light design: Miló Martins
Técnica de luz: Fernanda Guedella
Técnica de som: Cecilia Luss / Renan Luis
Cenografia: Karina Diglio
Figurinos: Cida Andrade
Trilha sonora original: Letícia Malvares
Gravação, captação e edição trilha sonora: Estúdio Loop
Audiovisual: Paula Mercedes / Mau Saldanha
Fotografia: Ana Nicolau Saldanha
Psicóloga, Psicanalista e mestre em Saúde Pública: Lígia Polistchuck
Comunicação: Maria Luiza Paiva | Litera
Produção: Cau Fonseca e Ana Cris Medina

Esgotamento Contínuo
Samira Marana – São Paulo
“Esgotamento Contínuo” é um solo de gumboot dance, dança sul-africana que se originou no contexto de mineração no final do séc XIX, período de grande expansão da atividade mineradora na África do Sul.
Próximo ao regime político do Apartheid o sistema de trabalho era precário e opressor, e a comunicação entre os trabalhadores era proibida. Então os mineradores, de diferentes regiões, criaram uma linguagem corporal e sonora pela necessidade de comunicação e sobrevivência.
A artista aproxima as subjetividades dos territórios geográficos, corporais e simbólicos com elementos da cultura Brasileira como o pífano, flauta tradicional nordestina, e referências ao samba.
“Esgotamento Contínuo” reflete temas globais urgentes como exploração do meio ambiente, preservação dos territórios dos povos originários, a luta pelos direitos trabalhistas e pelos direitos humanos. É o primeiro solo de gumboot criado por uma mulher, em uma linguagem majoritariamente feita por homens.
Duração: 35 min | Classificação: 10
FICHA TÉCNICA
Concepção, criação e interpretação: Samira Marana
Trilha sonora: Samira Marana e Guto Souza
Produção, sonorização, som direto, edição, mixagem e masterização: Guto Souza
Textos: ”Lira Itabirana” - Carlos Drummond de Andrade; “Bisneta do Ventre Livre"" - Eva Irene Correa Martins
Paisagens sonoras, samplers/mpc, pífano e violão: Guto Souza
Voz em off, pífano e flauta transversal: Samira Marana
Vozes sampleadas: Luiz Inácio Lula da Silva (filme ""Trabalhadores presente"", de João Batista de Andrade); Jair Bolsonaro (CBN Campo Grande); Canto do povo Pataxó no manifesto contra o PL490 e o Marco Temporal, na Praça dos 3 poderes em Brasília, Agosto de 2021; Cacique Raoni Kaiapó (entrevista Amazônia Resiste, Agência Pública); e Davi Kopenawa Yanomami (entrevista Instituto Socioambiental)

Estudo 1 – Deusas
Núcleo Boia/Luma Preto – São Paulo
O solo Estudo 1-Deusas reflete sobre diferentes aspectos de relações e construções de mulher dentro de uma sociedade patriarcal ocidental, que afirmam e reforçam constantemente diferentes hierarquias de poder, nesse caso, principalmente do homem branco sobre a mulher branca, estabelecendo imposições de estereótipos de gênero que vão organizando relações de poder. Reflete a partir de alguns mitos da mitologia grega presentes no livro “Mulheres e Deusas” de Renato Nogueira, trazendo reflexões acerca de pressupostos que naturalizam imposições que dispõem mulheres em lugares de submissão. Além disso, tem como fio condutor a última obra do Núcleo Boia ’Musa-Estudo 3”, que discute sobre a objetificação da mulher no contexto do patriarcado. O solo parte do reconhecimento de padrões na tentativa de descaber de imagens esculpidas, propondo outras possibilidades de ocupar espaços, reconhecendo memórias para contar uma versão realista de conflitos.
Duração: 35 min | Classificação: 16
FICHA TÉCNICA
Direção, criação, interpretação: Luma Preto
Co-direção: Ilana Elkis
Colaboração no processo de pesquisa: Mariana Taques
Iluminação: Felipe Oliveira
Produção: Gabriel Sousa Domingues
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